• Sábado: do Homem, do Judeu ou de Deus?
• O Sábado na Semana da Glorificação
• Perdeu-se no Tempo o Sábado?
• Pode Ser Guardado o Sábado num Mundo Esférico?
• O Sábado Perdeu-se no Dia Longo de Josué?
• Sábado: do Homem e de Deus!
• O Sábado no Novo Testamento!
• O Sábado Foi Feito Por Causa do Homem.
• Quando Seria Restaurado o Sábado?
• O Sábado na Nova Jerusalém
• O Sábado no Gênesis Não é Contado Como “Tarde e Manhã”
Se o homem vai viver eternamente sem pecado após a restauração da Terra, e se o Sábado foi feito antes de haver pecado no mundo, evidente que após a extinção do pecado, o homem continuará santificando o Dia do Senhor: o Sábado.
“O fato de que o Sábado será ainda celebrado na Nova Terra como um dia de culto (Isaías 66: 23) é uma clara indicação de que Deus jamais tencionou ter sua observância transferida para outro dia.” – EGW – The Seventh-Day Bible Commentary, vol. 7 pág. 981.
“O tempo que a Terra gasta em seu movimento de oeste para leste, descrevendo uma elipse alongada em torno do Sol, forma o ano. O espaço de tempo necessário para uma revolução completa da Lua em volta da Terra forma o mês. O período que a Terra leva para completar o movimento de rotação em redor de seu próprio eixo forma o dia. Com efeito, o ano, o mês e o dia estão associados, como unidade de tempo, aos fenômenos astronômicos. A semana, entretanto, constitui um ciclo independente, de origem divina, sem qualquer relação com as lunações ou movimento de translação e rotação da Terra.” – Revista Adventista, 9/78, pág. 8.
O Sábado foi criado por Deus para marcar perpetuamente o período da semana. Ao final de cada seis dias – virá o sétimo que é o Sábado. – Então, qual é o dia do aniversário da criação? – O Sábado!
“O Sábado é uma lembrança semanal de que o Deus Todo Poderoso tudo fez e de tudo cuidou em Sua criação, para provar que foi, é e será fiel.”
OBSERVAÇÃO
O Sábado era, e é tão bom, que o Criador o separou como dia santificado.
As nações se originaram em Adão. Por conseguinte, o Sábado foi feito para todos os homens, de todas as nações.
SÁBADO: DO HOMEM, DO JUDEU OU DE DEUS?
Agora, vamos ter uma boa conversa, profunda e íntima. Você que me acompanhou até aqui, certamente deve compreender que meu desejo é revelar verdades eternas e tentar esclarecer dúvidas que talvez divagam em muitas mentes.
Assim que, neste sentimento, vou tentar responder as muitas indagações que se fazem e que, de certa forma, incomoda muitos corações. Por exemplo: Por que criou Deus o Sábado? Qual a finalidade do Sábado? Perdeu-se no tempo, ao longo dos milênios intermináveis, o Sábado da criação? Tinha tempo de duração o Sábado? Que Deus, pois, nos dê Sua Graça e o entendimento. Aleluia!
Saiba que, como você, irmão, tomei uma decisão definitiva em minha vida: ir à Nova Jerusalém, abraçar afetuosamente o Salvador Jesus, beijar-Lhe a régia fronte ferida. Sim, após minha conversão, dediquei-me com afinco a encontrar respostas às dezenas de declarações negativas que ouvi com relação à Lei de Deus e ao Sábado. O que estudei, compreendi e vivo, eu lhe passo agora.
“O SÁBADO É DO JUDEU”
Afirmações como esta são comumente proferidas por pessoas bondosas e sinceras, mas que desconhecem completamente o assunto. Dizem porque ouviram. Mas, não conferiram. E nós temos que conferir tudo com a Bíblia, não é? A princípio posso garantir que é muito frágil essa afirmação, pois que, dentro da premissa, é ou não é, a verdade é que o Sábado não é do judeu nem do gentio, é de Deus, que o criou.
“O SÁBADO FOI FEITO PARA OS JUDEUS”
Esta expressão, também largamente usada pelos irmãos evangélicos em geral, é outra afirmação precipitada e sem nenhuma base escriturística. Por quê? – Ouça, irmão: Você sabe de onde provém os judeus? Sabe por acaso como surgiram? Quando apareceram na Terra? Se a pessoa não possui resposta para estas perguntas, nunca deve dizer que o Sábado foi feito para os judeus.
Sim, afirmo com convicção, porque o Sábado foi feito na semana da criação e somente havia duas pessoas presentes – Adão e Eva –, e eles não eram judeus, eram filhos de Deus dos quais descendemos. Deste casal, que nasceu adulto, surgiu o povo de Deus do início, e saiba, amado, não eram judeus, e sim hebreus. Aqui a prova: “E lhes dirás: O Senhor, o Deus dos hebreus...” Êxodo 7: 16; 9: 13.
O judeu só veio a existir no cenário mundial, dois mil anos depois de ter Deus criado o Sábado. Portanto, o Sábado foi tornado conhecido no Éden, ao homem. Daí, mais esta afirmação deixa de ter conteúdo e cai por terra, não é?
“O SÁBADO FOI DADO AOS JUDEUS”
Esta expressão também é outro equívoco doutrinário, sem respaldo bíblico ou teológico. Efetivamente o Sábado foi proclamado no Monte Sinai, a uma multidão judia. Mas, concluir que nós, os gentios, não estamos obrigados a observá-lo, não está correto. Sabe por quê? Medite nisto:
“Quando os três discípulos Pedro, Tiago e João – todos judeus, estavam com Cristo no Monte da Transfiguração, veio uma voz do Céu, dizendo: ‘... Este é o Meu Filho amado; a Ele ouvi’ (Luc. 9: 35). Devemos então compreender daí que esta ordem do Pai de ‘ouvir’ a Cristo devesse ser obedecida unicamente por aqueles três discípulos, ou, quando muito, unicamente pela raça judia, da qual faziam parte? Isto, porém, seria tão razoável como a conclusão acerca do mandamento do sábado.” – Francis D. Nichol, Objeções Refutadas, pág. 23.
Como se vê, tanto no Monte Sinai, quanto no Monte da Transfiguração, Deus está diante de pessoas judias. No Sinai, ao dar a Lei, o monte incandesceu; na transfiguração, os três discípulos viram Jesus, Moisés e Elias rebrilharem como o Sol. Num e noutro caso, os circunstantes eram todos judeus. Ouça agora:
“...o simples fato de que o auditório se compusesse de judeus, não justifica a conclusão de que a ordem só a esses se destinasse. Basear uma objeção a um mandamento bíblico no fato de que ele tem ligações positivas com os judeus, levar-nos-á às mais estranhas conclusões. Toda a Bíblia foi escrita por judeus, e a maior parte se dirige especialmente aos judeus. Todos os profetas foram judeus, e o próprio Cristo ‘... tomou a descendência de Abraão’ (Heb. 2:16) e andou na Terra como judeu. E Ele também declarou: ‘... a salvação vem dos judeus’ (João 4:22). Devemos então concluir que... os profetas bíblicos, os apóstolos, o Salvador e a salvação devessem ser limitados aos judeus?” – Idem, pág. 24.
– Evidentemente que não. Porém, se usarmos o silogismo de que o Sábado se refere aos judeus, nós os gentios, não temos obrigação de observá-lo, – da mesma maneira – a Bíblia é dos judeus, nada temos com ela. Como ficaremos? Caro irmão, leia a clareza deste verso:
Marcos 2:27 – “... O Sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do Sábado.”
Esta expressão Neo-Testamentária encerra estas verdades:
Primeira – O Sábado foi feito por causa do homem (e não do judeu), e Jesus tem absoluta certeza nesta afirmação, porque, ao ser criado o Sábado, não existia o judeu.
Segunda – O valor do Sábado é aqui realçado e confirmado. Sim, porque se não existisse o homem Deus não precisaria criar o Sábado. Sendo, porém, criado o homem, o Sábado passou a ser de vital utilidade. É Deus quem diz. Eu creio, e você?
Isso quer dizer que o homem e o Sábado estão unidos. Intimamente ligados. E o propósito divino é que o Sábado seja um dia deleitoso para o homem (Isaías 58:13-14). Se Deus assim deseja, aceitemos. Este é o imperativo divino, ouça:
Eclesiastes 12:13 – “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os Seus mandamentos; porque este é o dever de todo o homem.”
Novamente, e com absoluta clareza é realçada a expressão homem e não judeu. Isto é evidente de que o Sábado foi criado por Deus para o homem.
“O SÁBADO É SINAL PERPÉTUO PARA OS JUDEUS”
Esta expressão também perde sua razão, e agora alcança real significado e responsabilidade para todos os cristãos, porque, diante do que apresenta a Bíblia, o Sábado não é sinal para os judeus e sim para os homens, e isso confirmado pela Bíblia, consubstanciado pelo próprio Senhor Jesus. Portanto, meu amado, reconsidere o assunto e nunca esqueça: Deus empenhou a palavra para dar poder a quem desejar obedecê-Lo. Sabe, irmão, o propósito divino ao criar o Sábado e torná-lo santo, não se limitava apenas aos judeus. O povo de Israel deveria fazer resplandecer a luz de sua religião para as nações vizinhas. Aceitando a adoração do Deus verdadeiro, essas nações com prazer observariam as leis divinas como Israel. Ouça:
Números 15:16 – “ A mesma lei e o mesmo rito haverá para vós, como para o estrangeiro que morará convosco.”
Isto inclui, sem dúvida, o Sábado. E a confirmação vem dos primórdios do Velho Testamento. Observe:
Números 9:14 – “... Um mesmo estatuto haverá para vós, assim para o estrangeiro como para o natural da terra.”
No próprio quarto mandamento do Decálogo, a observância do Sábado atinge “... o forasteiro das tuas portas para dentro.” (Êxodo 20: 10). Posteriormente Deus promete ao estrangeiro que O aceita como Deus verdadeiro, e que prazerosamente observe o Sábado como o “santo dia do Senhor”, as mesmas bênçãos prometidas a Israel: Eis a promessa:
Isaías 56: 6-7 – “E aos estrangeiros que se chegam ao Senhor, para O servirem, e para amarem o Nome do Senhor, sendo deste modo Seus servos, sim, todos os que guardam o Sábado, não o profanando, e abraçam a Minha aliança, também os levarei ao Meu santo monte, e os alegrarei na Minha casa de oração. Os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no Meu altar, porque a Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos.”
“MEMORIAL DA CRIAÇÃO”
O sábado é o grande memorial da criação e do poder de Deus, um constante rememorador do Deus vivo e verdadeiro. O anseio divino ao criar o Sábado e em ordenar que seja santificado é que Deus quer que o homem nunca esqueça o Criador de todas as coisas. Sendo o Sábado original uma perpétua memória de Deus, convidando o homem para imitá-Lo na observância do mesmo, não pode o homem observar o Sábado original e esquecer-se de Deus.
“Ao lembrar-nos que dois terços dos habitantes do mundo são hoje idólatras, e que desde a queda à idolatria, com seu séquito de males associados e resultantes, tem sempre sido um pecado dominante, e pensarmos então que a observância do Sábado, conforme ordenado por Deus, teria evitado tudo isso, podemos melhor apreciar o valor da instituição do Sábado e a importância de observá-lo.”
Por que as nações dos periseus, cananeus, heteus, jebuseus e outros, foram desarraigadas da Terra? Eram idólatras, tinham deuses de pau e de pedra, sacrificavam vidas humanas. E por que desceram tanto no pecado até chegarem a este ponto? Por que o conhecimento de Deus e Sua vontade saíram-lhes de tal maneira da mente?
Digo-lhe, meu irmão, se ao final de cada semana esses homens observassem o Sábado, em honra ao Criador, não existiriam outros deuses, porque no centro do mandamento sabático encontra-se a eterna verdade que aponta a Deus como o único Criador de todas as coisas. Se o homem observasse o santo Sábado, adoraria ao único Deus, e a idolatria não teria sido conhecida. Finalmente, amado, na Nova Terra, onde haverá pessoas de todas as nações e raças, o Sábado será guardado por todos e para sempre. Ouça: Isaías 66: 22-23: “Porque, como os Céus novos, e a Terra Nova, que Hei de fazer...E será que desde uma Lua nova até a outra, e desde um Sábado ao outro, virá toda a carne (pessoas) a adorar perante Mim, diz o Senhor.”
O SÁBADO NA SEMANA DA GLORIFICAÇÃO
“E havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no Céu, por quase meia hora.”Apoc. 8:1. Todos os moradores do Céu vêm, com Jesus, buscar os salvos.
1 Dia profético = 1 Ano
1 Ano tem 360 dias
1 Dia tem 24 horas
Regra de três:
24H x X = 1H x 8.640H
X = 8.640H:24 = 360
Explicação: Dividindo-se 8.640 horas proféticas (1 dia profético, ou de um ano literal) temos 360 horas comuns.
RESUMO: 1 hora (profética) = 360 horas (comuns)
½ hora (profética) = 180 horas (comuns)
Para transformar 180 horas (comuns) em dias (comuns), divide-se 180 horas por 24, resultando em 7,5 dias.
CONCLUSÃO – 1/2 hora (profética) = 7,5 dias comuns
A semana da Criação começou no domingo (1º dia da semana) Gên. 1:5.
A semana da redenção começou no domingo (1º dia da semana) chamado Domingo de Ramos (Mat. 21:1-11. Mar. 11: 1-11. Luc. 19:29-44. João 12:12-19).
A semana da glorificação certamente começará no domingo e durará uma semana até o trono de Deus. No trajeto todos guardarão o Sábado. Todas as pessoas salvas, antes de entrar no milênio, guardará um Sábado. Por isso, todo o salvo chegará diante do trono de Deus como um Adventista do Sétimo Dia. Aleluia!
“PERDEU-SE NO TEMPO O SÁBADO?”
Para o Sábado perder-se no tempo, necessário seria esfacelar a semana, porém não há a mínima prova “em favor da ruptura do ciclo semanal através da história. Apenas afirmações vagas, imprecisas, hipotéticas”. Verdade é que, ao tempo do dilúvio, dos patriarcas, dos profetas, e mesmo no “período anárquico dos Juízes”, a semana tem-se mantido intacta, inviolável. É um espaço de tempo que corre sobre sete trilhos intermináveis.
Conseqüentemente, o sábado não se perdeu na era pré-cristã, porque a semana se manteve intacta. Em nossa época jamais se perderia. Sabe, irmão, é humanamente impossível alguém provar que o Sábado perdeu-se no tempo; é uma tarefa impraticável, mesmo que, para tal, se valha de todas as Enciclopédias, museus e da ciência, sabe por quê? Porque a semana nunca perdeu sua continuidade. Sempre teve o primeiro dia, seguido dos demais, até chegar ao sétimo que é o Sábado, ininterruptamente, através dos séculos, até hoje.
Veja como é irrazoável a afirmação de que se perdeu a contagem dos dias:
“Uma simples pessoa dificilmente perde a contagem de um dia. Mais difícil é que uma família o faça. Seria possível que um povoado, ou cidade, ou país, perdesse a contagem de um dia? Seria, pois, absurdo admitir que o mundo, com seus bilhões de habitantes, grande parte observando o primeiro dia da semana, perdesse a contagem do dia!” – A.B. Christianini, Subtilezas do Erro, pág. 147.
Lembre-se que a Bíblia diz ser Deus Onisciente. Seria então absurdo “supor que Deus exija a observância de uma instituição – como no caso do Sábado por mandamento – e permita que este dia se extravie através dos tempos?” – (Idem). Não! Não é possível. Deus é exato!
“Nos tempos de Jesus, os judeus eram extremados na guarda do Sábado. Ao serem espalhados, dispersos por todas as nações da Terra, após a destruição de Jerusalém, levaram consigo a observância sabática. Em tempo algum se perdeu o sétimo dia nas nações que se estabeleceram.” – Ibidem.
Sim, amado, a semana, na era cristã, também permaneceu intacta, imutável, pois o Sábado sempre chegou e continua a chegar ao seu final. “O pastor Willian Jones, de Londres, com a cooperação de competentes lingüistas de todo o mundo, elaborou um mapa da semana em 162 idiomas ou dialetos. Todos reconheceram a mesma ordem dos dias da semana, e 102 deles denominaram o sétimo dia de Sábado.” – Ibidem, 147-148. Eis aí, a nata da verdade! Certo?
“Abram as Enciclopédias, cronologias seculares ou eclesiásticas, e o domingo é reconhecido como o primeiro dia da semana, logo depois de passado o Sábado. Quer dizer que não houve extravio de dia algum.” – Ibidem.
Fato de realce e da mais alta importância para consolidar o assunto, é a informação exata de que “os registros astronômicos e datas que remontam a 600 a.C., concordam com o cômputo dos astrônomos de hoje, de que jamais alterou em tempo algum o ciclo semanal.” – (Ibidem). Quem poderá contestar os astrônomos?
Outro acontecimento que permite consideração séria, pois é claro como a luz solar, é a disposição de todos os que guardam o domingo, o fazem sempre depois que passa o Sábado. Isso prova que, em vindo o primeiro dia da semana, passou o Sábado e começa nova semana, que findará novamente no sábado, numa seqüência interminável, chova, faça Sol, no inverno, verão, etc.
Não há portanto, nenhuma plausibilidade de que o Sábado se perca, nunca, jamais! O ciclo é ininterrupto, nada o obstrui, é uma máquina bem azeitada pelo nosso Pai do Céu. Por isso, aqui no Brasil, nas Américas, nos Continentes, enfim, em toda a Terra, todos vivem a semana no seu dia-a-dia. Ricos e pobres, moços e velhos, homens e mulheres e, sempre ao final da semana, chega o santo Sábado. Preste atenção nisto:
“O que mais se aproxima de uma prova (e é onde os que afirmam ter o Sábado se perdido se apóiam) é a declaração de que, desde os tempos bíblicos, o calendário sofreu várias mudanças, como se essas mudanças fossem tão complicadas e obscuras que ninguém pudesse compreender os acontecimentos que as acompanharam!” – Objeções Refutadas, Francis D. Nichol, pág. 28.
Inúmeros calendários foram utilizados por civilizações diferentes. O calendário árabe, usado pelos povos maometanos, é baseado no movimento da Lua. Os gregos primitivos, mongóis, chineses, judeus e indianos, usavam calendários luni-solares, com o mesmo período dos demais calendários, e os meses eram regulados de maneira a começarem e terminarem com uma lunação. Mas, todos sem afetar a semana. A seguir, anote o que dizem as autoridades sobre o assunto:
“Houve, de fato, mudanças no calendário. Nenhuma delas, porém, mexeu com a ordem dos dias da semana. Não vamos referir-nos às reformas precárias que não foram adotadas, ou apenas simbólicas, como o calendário positivista, o da Revolução Francesa, e outros. Analisaremos sucintamente as mudanças que alteraram o cômputo dos meses, dias e anos. O calendário judaico vinha dos primeiros tempos bíblicos, e consignava o Sábado. Os calendários das demais nações do Antigo Oriente, embora dessemelhantes quanto aos meses e anos, eram contudo idênticos na divisão semanal. O calendário romano mais antigo, que se crê fora dado por Rômulo, acrescentou dois meses, elevando o ano civil para 365 dias. Quando Júlio César subiu ao poder supremo de Roma, notando que o calendário vigente era deficiente, chamou o famoso astrólogo Alexandre Sosígenes para estudar a questão. Este determinou que se abandonasse o calendário dos nomes lunares, e se adotasse o egípcio. Foi feita a reforma no ano 45 a.C., e a semana que vinha no calendário egípcio era paralela à do calendário judaico, e foi mantida.
“Assim a ordem setenária dos dias da semana não se alterou. Isso foi antes do nascimento de Cristo. Nos tempos de Jesus e dos apóstolos, a semana na Palestina coincidia com a semana dos romanos quanto à ordem dos dias. Também a denominação dos dias era a designação ordinal, pois os nomes dados aos dias da semana se devem a Constantino, o mesmo que, por decreto, legalizou a observância do primeiro dia...O calendário ficou alterado, sem afetar a ordem dos dias semanais. É a reforma chamada Juliana.
“A outra reforma que alterou o cômputo, mas não a semana, é denominada Gregoriana, feita por ordem do Papa Gregório XIII. Os países latinos: Espanha, Portugal e Itália, aceitaram-na em 1.582.” – A.B. Christianini, Subtilezas do Erro, págs. 148-149.
“Ao ser organizado o Calendário Gregoriano, notou o astrônomo Luiz Lílio que havia um atraso de dez dias, de acordo com os calendários existentes. Luiz Lílio deu conselhos ao Papa Gregório XIII, e este decidiu que o dia seguinte a 4 de outubro de 1582 se chamasse 15 de outubro. A mesma reforma foi ordenada por Carta Patente do Rei Henrique III e a segunda-feira, 20 de dezembro de 1592, sucedeu ao domingo 9, isto é, o dia seguinte a 9 de dezembro devia ser 10 e passou a ser 20. Houve protestos. Os protestantes não se conformaram com as decisões do Papa. Os ingleses concordam em 1572. Fazem suceder ao dia 2 do mês de setembro do referido ano, o dia 14, isto é, o dia 3 passa a ser dia 14, ficando todos os povos cristãos com um mesmo calendário, o Gregoriano.” – Itanel Ferraz, Segue-Me, p. 13.
Muito bem, o que ocorreu em outubro de 1582, nos países que fizeram tal mudança, foi o seguinte: Apanhe lápis e papel. Imagine fazer uma folhinha e escreva o título (que é o mês) outubro O ano é 1582. Escreva agora, em horizontal, os dias da semana, como encontrados em todas as folhinhas e calendários. dom. seg. ter. qua. qui. sex. sáb.
Certo? Agora iremos transcrever, na íntegra, os numerais referentes a estes dias da semana, tais como foram em outubro de 1582. Então escreva debaixo da segunda-feira o número um. O número dois debaixo da terça. O três debaixo da quarta, e quatro debaixo da quinta-feira, e agora – note bem – escreva o número quinze debaixo da sexta-feira, e daí para frente, o número dezesseis em diante até completarem-se os 31 dias deste mês de outubro de 1582.
Notou o que aconteceu? Houve um pulo de 4 para 15, uma alteração nos números, mas não modificou absolutamente em nada a seqüência semanal.
Em síntese, o que simplesmente aconteceu e é tão fácil compreender, foi que “quinta-feira, 4 de outubro, foi seguida de sexta-feira, dia 15. Daí resultou que, embora tivessem sido removidos certos dias do mês, a ordem dos dias da semana não se alterou. E é o ciclo da semana o que nos traz os dias de Sábado. Ao passarem os anos, as outras nações foram gradualmente adotando o Calendário Gregoriano no lugar do Juliano, como se chama o antigo. E cada nação, ao fazer a mudança, empregou a mesma regra de saltar dias do mês, sem tocar na ordem dos dias da semana.” – Francis D. Nichol, Objeções refutadas, pág. 28.
O importante a destacar é que em todas as alterações no afã de acertar dias, minutos, horas e segundos, Nada, nada mesmo alterou o ciclo semanal. Sim, meu irmão, quando o bom Pai Celestial afirmou no livro da gênese do mundo:
Gênesis 8:22
“Enquanto a Terra durar, sementeira e sega, frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão.”
Deus garantiu aos “seres humanos de todas as épocas, de todas as latitudes e longitudes do Universo”, que a semana jamais seria modificada. Deus não a ligou a nenhum corpo celeste que pudesse alterá-la. Ela é um trilho eterno, onde correm sete dias intermináveis e imodificáveis, enquanto “durar a Terra”. A semana nunca foi alterada. Ouça mais isso:
“Quando se realizou o calendário, nem mesmo se cogitou em interromper de qualquer modo o ciclo semanal. Falando na variedade dos planos sugeridos para a correção do calendário, diz a Enciclopédia Católica, volume IX, página 251: ‘Fizeram-se todas as propostas imagináveis; uma só idéia é que nunca se aventou, isto é, de abandonar a semana de sete dias.” – Francis D. Nichol, Objeções Refutadas, pág. 28. Grifos meus.
“Por que deveria ter-se perdido a contagem do tempo? Quem o teria desejado assim? A civilização e o comércio existiram através de todos os séculos e, não poderemos crer que os que viveram antes de nós eram capazes, como nós, de conservar a contagem dos dias?” – Idem.
“Certo, nem toda a sabedoria e ciência se acham limitadas ao século atual. Ademais a rigorosa conservação dos registros do tempo é de vital necessidade no culto religioso, tanto para cristãos como para judeus. O cristianismo e o judaísmo têm percorrido todos os séculos, desde os tempos bíblicos. São eles provavelmente os elos que mais fortemente nos ligam aos tempos antigos.” – Ibidem.
Pergunto-lhe irmão: “Seria possível que todos os povos cristãos, assim como os judeus, perdessem a contagem da semana?... poderíamos então chegar ao ponto de crer que todos os cristãos de todas as partes do mundo, e todos os judeus dos quatro cantos da Terra perderiam a mesma quantidade de tempo?... é fato que os judeus, que mantiveram através dos séculos o seu próprio calendário, se encontram em exata harmonia com os povos cristãos, no que respeita aos dias da semana.” – Ibidem, 29, grifos meus.
Sim, amado, reafirmo com veemência: o ciclo semanal não têm nenhuma relação com qualquer fenômeno da natureza, como o dia, o mês ou o ano. Tem a semana sua origem em um Deus santo, que criou o mundo em seis dias e, ao sétimo, descansou, findando-a com fecho de ouro, e tem ela cortado os milênios e chegado até nós hoje, tal qual fê-la o nosso Criador. Não há dúvida! Negar esta verdade é um grande desamor. As reformas do Calendário não alteraram em nada a semana. Nem em tempo algum sofreu ela qualquer alteração. A verdade é que sempre e eternamente surgirá, ao final de cada semana, o santo Sábado do Senhor, como o marco eterno do fechamento do ciclo semanal.
1582 OUTUBRO 1582
DOM. SEG. TER. QUAR. QUIN. SEX. SÁB.
1 2 3 4 15 16
17 18 19 20 21 22 23
24 25 26 27 28 29 30
31
“A reforma de Gregório XIII ordenava que o dia 4 de outubro, quinta-feira, fosse seguido do dia 15 de outubro, sexta-feira, ficando, pois, inalterada a semana que já vinha de milênios, isto é, da criação.” – Atalaia, 7/54.
“Em 1931 reuniram-se em Genebra representantes do mundo político, comercial e religioso para a chamada ‘Conferência para a reforma do calendário’. A mudança advogada pelos presentes viria quebrar o ciclo semanal e fazer com que o Sábado caísse em diferentes dias da semana cada ano. Como sempre acontece, Deus em todos os tempos teve defensores ardorosos das verdades sagradas. Assim, onze observadores do Sábado – componentes da delegação dos Adventistas do Sétimo Dia – protestaram e conseguiram a não reforma do calendário. A célebre conferência foi adiada para uma ocasião oportuna. O Espírito de Deus esteve presente e guiou Seus humildes filhos a mais um triunfo em favor das verdades contidas nas páginas lapidares do Livro Sagrado.” – Itanel Ferraz, Segue-Me, p. 137.
Querido irmão: Deus criou a semana de sete dias, e ao sétimo chamou Sábado. Por que tanta indiferença a um dia que Deus criou, separou e santificou?
Reflita nisto, amado!
O SÁBADO PODE SER GUARDADO NAS REGIÕES POLARES?
Nas Regiões Polares dias e noites duram seis meses. Guarda-se o Sábado lá? Lógico que sim! Como? Veja:
“Vendo que as Escrituras Sagradas ensinam a observância do Sábado do pôr-do-Sol ao pôr-do-Sol, pessoas há que concluem ser isso impossível no Extremo Norte, onde há todos os anos um período durante o qual o Sol permanece no alto, e outro em que ele permanece oculto abaixo do horizonte, durante as completas vinte e quatro horas do dia.
“É certo que residem ali numerosos observadores do Sábado, os quais afirmam não ser difícil saber quando chega a hora do pôr-do-Sol, para então iniciarem a observância do dia de repouso. Surpreendem-se com efeito, ao saberem que haja quem isso julgue impossível.
“No período em que o Sol está oculto abaixo do horizonte, os guardadores do Sábado no Extremo Norte observam o dia de sexta-feira ao meio-dia até o Sábado ao meio-dia, porquanto essa hora corresponde ao pôr-do-Sol na região ártica no inverno. Pois todos os dias, enquanto o Sol se oculta sob o horizonte meridional, ele atinge seu zênite ao meio-dia, visto como nessa hora tanto se levanta como se põe, abaixo do horizonte.
“Daí por diante, passa a ser visível o pôr-do-Sol, assinalando o começo e o fim do sétimo dia. Cada dia o Sol se ergue um pouco mais cedo e se põe um pouco mais tarde, de modo que a 21 de março (equinócio vernal), o nascer do Sol se dá às 6 horas da manhã, pondo-se às 6 horas da tarde.
“Nos dias de verão, em que o Sol não se põe, quando ele alcança o zênite (o ponto mais alto em seu aparente caminho circular no Céu) os habitantes de além do círculo ártico sabem que é meio-dia. E quando chega ao nadir (o ponto mais baixo em seu aparente caminho circular no Céu), nos dias de verão, eles sabem que é meia-noite. Este ponto mais baixo no aparente circuito solar de vinte e quatro horas no Céu é pelos habitantes daquela região denominado ponto do norte. Corresponde, como dissemos, ao pôr-do-Sol. Daí, os habitantes de além círculo ártico, observam no verão o sétimo dia de meia-noite de sexta-feira até meia-noite de Sábado, pois o Sol está então em seu nadir (o ‘mergulho’), que é também o ponto do pôr-do-Sol.
“Nem os observadores do domingo nem os do Sábado têm qualquer dificuldade em saber quando começa seu dia de repouso religioso, no Extremo Norte. Em dois períodos do ano o visível pôr-do-Sol serve de sinal para marcar o princípio e o fim do sétimo dia para os adventistas na região ártica. E nos dias em que o Sol não aparece acima do horizonte, o Sábado é observado de sexta-feira, ao meio-dia, até o meio-dia do Sábado, por isso que essa hora corresponde ao tempo do pôr-do-Sol, segundo o prova o último pôr-do-Sol visível ocorrido no princípio do período, e o primeiro pôr-do-Sol visível ocorrido no final do período. Mas durante o tempo em que o Sol está no Céu continuamente, o Sábado é observado de sexta-feira à meia-noite, até meia-noite do Sábado, porque o Sol está em seu nadir nesse momento do dia, como o provam o último pôr-do-Sol visível no princípio do período, e o primeiro visível pôr-do-Sol ocorrido no final do período.” R.L. Odom, The Lord’s Day On a Round World, págs. 121, 122, 138, 140, 141, 143, 144. Citado em Consultoria Doutrinária, pág. 154.
“E mesmo na terra do ‘Sol da meia-noite’, pergunte-se a um explorador dos pólos e ele achará ridícula a idéia de não ter ali noção do dia, seu começo e fim. Os exploradores árticos mantêm a exata contagem dos dias e semanas em seus diários, relatando o que fizeram em determinados dias. Eles dizem que naquela estranha e quase desabitada terra, é possível notar a passagem dos dias durante os meses em que o Sol está acima do horizonte, pelas posições variáveis do Sol, e durante os meses em que o Sol está abaixo do horizonte, pelo vestígio perceptível do crepúsculo vespertino. E se um sabatista se encontrasse lá no pólo, e tivesse algum receio de perder a contagem das semanas, bastar-lhe-ia dirigir-se, por exemplo, a uma missão evangélica entre os esquimós, e lá obteria a informação do que deseja, pois os missionários sem dúvida saberiam quando é domingo para nele realizarem sua Escola Dominical... Certamente que eles não perderiam o ciclo semanal.” – Arnaldo B. Christianini, Subtilezas do Erro, pág. 177-178.
O SÁBADO PERDEU-SE NO DIA LONGO DE JOSUÉ!
(Josué 10: 12-14).
Com Deus não tem impossível. Parar qualquer dia! Deslocar o Universo! Deter a órbita do Sol ou da Lua! Retroceder raios solares, é tarefa fácil.
Os cananeus adoravam o deus Sol (Baal) e a deusa Lua (Astoret). Portanto, ao ordenar Josué que o Sol e a Lua parassem, demonstrava ele a impotência daqueles deuses pagãos diante do Deus de Israel. Por isso Josué não disse: “Pare, Terra!”.
Deus operou o milagre alongando suficientemente o dia para que Seu povo destruísse completamente o inimigo. Ainda naquele longo dia, conquistaram a cidade de Maquedá (Josué 10:28). Mas o dia continuava sendo quarta-feira. O dia posterior foi quinta e, assim, sucessivamente, até hoje, século XXI. Por conseguinte, o Sábado não se perdeu, porque a semana se manteve intacta.
Josué usou a linguagem popular de seus dias ao adentrar assuntos científicos. Na verdade, o dia não é resultado de que o Sol se mova no Céu, e sim que a Terra gire sobre seu eixo imaginário, uma rotação completa de 360 graus.
Meu irmão, leia na página 114, deste livro, o que os doutos cientistas, com propriedade, informam a respeito deste maravilhoso Universo de Deus.
Leu? É tudo verdade! Verdade não se discute. Aceita-se e pronto!
Mas, também é verdade inquestionável que Deus pode intervir nas leis naturais e deter a rotação da Terra, quando desejar, sem que haja efeitos desastrosos para o planeta, para o Sistema Solar e mesmo para o Universo.
Nunca esqueça, amado, este famoso dia estendeu-se por mais tempo que o normal, porém, continuou sendo quarta-feira, em nada alterando o ciclo semanal.
O Sábado é o Dia do Senhor! Deus sabe como cuidar dele para nós.
PODE SER GUARDADO O SÁBADO NUM MUNDO ESFÉRICO?
Certa feita disse um cristão que “o Sábado não pode ser guardado num mundo esférico, pois quem viaja ao redor da Terra, ou perde ou ganha um dia.”
Outro foi mais além e garantiu: “Quando são seis horas da manhã no Sábado aqui no Rio de Janeiro, no Japão são seis horas da tarde; isto significa que, quando os adventistas aqui se levantam para guardá-lo, já os seus irmãos japoneses o acabaram de guardar...”
Por este prisma ilusório, acha-se que se pode transgredir o mandamento do Senhor e tudo fica bem. É impressionante como se modificam as coisas de Deus. Como se trata levianamente com o Criador. Disse, em síntese, este irmão: “O Sábado não pode ser guardado em um mundo esférico”. Alto lá! Cuidado, você está querendo ser maior que o Rei. Você quer suplantar Quem fez o mundo esférico!
O que se nota é que tudo que exija algum sacrifício em matéria de religião, o mais fácil é transigir, transgredir, modificar, contornar e aplicar-se às conveniências particulares. Isso, porém, não é correto e, sem dúvida, impede os milagres.
Muitos cristãos hoje estão tomando uma posição perigosa, vivendo suas idéias sem confrontá-las com o seguro “Assim diz o Senhor” das Escrituras. Estão, sem o saber, tentando tomar o lugar de Deus. Observe: Deus criou o Sábado para o homem (Mar. 2:27). Deus também criou a Terra. E, ao criá-la, fê-la sabendo que, sendo esférica, seria manhã aqui no Rio de Janeiro, quando fosse tarde no Japão, e no entanto determinou: “LEMBRA-TE DO SÁBADO PARA O SANTIFICAR” (Êxo. 20:8-11). Disse estas palavras para o japonês como para o brasileiro, sem distinção.
E agora pergunto: Qual o problema deste fuso horário? Por acaso o Sábado não chega lá no Japão como aqui no Brasil? Também a semana no Japão não é de sete dias e o dia de 24 horas? Como pode o homem dizer que o Sábado não pode ser guardado em razão do fuso horário? Precisamos ter mais reverência para com Deus; afinal, Ele é o Criador, e quem é o homem para questionar Sua ordem, não é? Não se deve arranjar desculpas para solapar um mandamento divino, porque quem o quiser, até para o adultério encontrará justificativa.
“Somente uma pessoa santa pode observar um dia santo. Somente alguém que é totalmente voltado para Deus pode guardar um dia santo.”
Certamente quando aquele irmão afirmou ser impossível guardar o Sábado, em virtude de perder ou ganhar um dia face ao fuso esférico, não pensou ele num simples – tão simples – fato. Preste atenção, e veja se você concorda com isto. Façamos de conta que dois irmãos gêmeos estão prontos para efetuar um cruzeiro marítimo. Respectivamente com seus navios irão: Um para leste e outro para oeste, e assim circundarão a Terra continuamente em direção oposta. Depois de muito tempo de viagem, um estará tão velho que poderá ser pai do outro! E o pai de ambos, ficando aqui no Rio de Janeiro, deverá ter rejuvenescido, em contraste com um dos filhos. Afora, evidente, o grande espanto dos parentes e amigos.
Esta é a conclusão lógica a que se chega. Mas isso é um pensamento pueril, utópico que jamais ocorrerá, “porque a questão não é de ganho ou perda de tempo, mas de cômputo. São as revoluções da terra que assinalam os dias, e não o número de vezes que se viaja ao redor dela!!!” – Subtilezas do Erro, pág. 155, A.B. Christianini. Essa perda ou ganho é apenas aparente, e nunca real!
Ouça com carinho: “A qualquer país que cheguemos em nossas viagens, encontramos todas as pessoas ali: cientistas, leigos, judeus, cristãos e ateus de perfeito acordo quanto aos dias da semana... Perguntai-lhes, individual ou coletivamente, quando chega o sétimo dia da semana, e todos darão a mesma resposta. Não importa se alguém está no Pólo ou no Equador, nem se viaja por mar ou por terra, nem se dirige para o Oriente ou para o Ocidente; o dia é certo espaço de tempo absolutamente fixo em qualquer parte da superfície da Terra.” – Objeções Refutadas, F.D. Nichol, pág. 31 – grifos meus.
Sim, irmão, o que a Bíblia ensina, e isso claramente, é que o dia de Sábado deve ser guardado de um pôr-do-Sol a outro pôr-do-Sol (Lev. 23:32). Não importa se aqui no Brasil ele comece hoje às dezoito horas e amanhã no Japão pela manhã. Nós temos que guardar o Sábado quando este chegar, mesmo que os nossos irmãos do outro lado do mundo já o tenham feito ou farão horas antes ou depois. Não importa. O essencial é que o Sábado sempre chega ao final de cada semana, e que você o deve guardar, pois é tempo separado por Deus para provar quem O obedece ou não. Disse Deus: “Lembra-te...” Você está esquecendo?
“O mandamento do Sábado nada diz acerca de ocorrer a guarda do dia de repouso no mesmo espaço de tempo em todos os lugares da Terra. Simplesmente ordena guardar o ‘sétimo dia’. E este sétimo dia acaso não chega em todas as partes da Terra? Sim!”. (Ibidem).
Elementar! Chegou o Sábado, observemo-lo!
O sétimo dia foi o único da semana que recebeu nome por parte do Criador. Deus o denominou de: O SÁBADO, e ele chega sempre ao findar a semana, aqui no Rio de Janeiro, como em Hong Kong, na Indonésia, ou na Índia, “pois os ciclos semanais se mantiveram intactos tanto num lugar como noutro.” – (Ibidem).
Finalmente irmão, convido-o a presenciar algo extraordinariamente belo e fascinante, que fala profundamente ao coração. Sexta-feira que vem, procure saber, mesmo que por curiosidade, quando o Sol se põe. Pergunte nas emissoras de rádio, no serviço meteorológico ou leia em qualquer jornal. De posse desta informação, procure estar a esta hora próximo a alguma vegetação: árvores, plantas, etc... Você verá maravilhado um grande milagre que, até então, possivelmente, lhe passou despercebido.
Você ouvirá o cantar de milhares de animaizinhos, aves, grilos, gafanhotos e centenas de outros insetos fazendo trinar suas vozes, louvando a Deus, o Criador, ao surgir um novo dia, exatamente ao pôr-do-Sol, como assegura a Bíblia Sagrada.
Você ficará extasiado e comovido. Verá como são fiéis as criaturinhas de Deus, que sequer serão salvas. Você comprovará como são obedientes e pontuais, pois exatamente àquela hora por alguns minutos toda a criação irracional louva em uníssono ao Seu Criador, enquanto o homem, obra prima da criação, pouco menor que os anjos, cheio de glória e honra, inteligente, auto-suficiente, alvo do grande amor divino, e de eterno sacrifício, deixou de lado as Escrituras Sagradas para aceitar a tradição humana – espera um novo dia, à meia-noite.
Sim, irmão, estes animaizinhos, que nunca foram à escola, não sabem ler nem possuem relógio e, no entanto, exatamente à hora do pôr-do-Sol, se unem aos ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA, formando um coro magistral para louvar a Deus, o Criador, e receber o santo Sábado.
Meu irmão, o apóstolo Paulo, como que antevendo a disposição do homem em modificar a vontade divina, escreveu acertadamente:
Romanos 1:20
“Porque as Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o Seu eterno poder, como Sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que são criadas, para que eles fiquem inescusáveis.”
A própria criação irracional de Deus testificará contra os desobedientes.
Desafio-lhe irmão, seja você de qualquer credo religioso, a que faça esta experiência no pôr-do-Sol da próxima sexta-feira, e se tal não acontecer, procure-me e cobre de mim o que quiser. Faça este teste para você comprovar de uma vez para sempre que, se os próprios animaizinhos irracionais não perdem a contagem do dia, como poderá o homem perder? Como recusar sua chegada aqui ou no Japão? Como?
“Quão simples pois, é o mandamento de Deus para se guardar o ‘sétimo dia’! As objeções contra a observância do Sábado provêm, não de viajar longe pela terra afora, mas sim, de se afastar para longe de Deus.” – Objeções Refutadas, F.D. Nichol, pág. 31. Grifos meus.
“O Sábado pode ser considerado a bandeira de Deus. Ele a hasteou sobre a Terra como símbolo de Sua soberania, como sinal de Seu governo. Para Seu povo, o Sábado é a insígnia da cidadania em Seu reino.” – Lição nº 9 da Escola Sabatina, pág. 122 – Set/1984.
O Sábado era conhecido e observado pelos hebreus antes do Sinai. O Sábado foi instituído no Éden, como memorial. No Egito, perderam-no de vista, como também negligenciaram outros aspectos da Verdade e do culto a Deus. Daí que, o propósito divino, em suas vagueações pelo deserto, era também reeducá-los nas verdades negligenciadas e esquecidas.
EU GUARDO O SÁBADO PORQUE:
• Deus o criou, abençoou e santificou – (Gên. 2:2-3).
• Jesus nele descansou – (Luc. 4:16).
• As discípulas o guardaram – (Luc. 23:54-56).
• A mãe de Jesus o observou – (Luc. 23:56).
• É sinal entre Deus e Seus filhos – (Eze. 20:20).
• É o Dia do Senhor – (Êxo. 20:8-11; Mar. 2:28).
SÁBADO: DO HOMEM E DE DEUS
Muitos irmãos que não admitem a diversidade de leis na Bíblia, afirmam que o Sábado é cerimonial. Valem-se de certas passagens isoladas e deslocadas das Escrituras, para garantirem que o Sábado está nulo hoje. Mas, que diz a Bíblia?
O Santo Livro faz referência clara e insofismável a dois Sábados. A saber: o sábado cerimonial e o Sábado moral. Trocado em miúdo: Um de Deus e outro do homem. Um abolido, outro em vigor. Um é o Sábado do sétimo dia da semana. O outro ocorria em datas fixas do ano, como se fora um feriado nacional. Era apelidado de Sábado porque ao chegar revestia-se de toda a solenidade do santo Sábado do Senhor. Eram os “FESTIVAIS” sabáticos (Isaías 1:13; Oséias 2:11).
SÁBADOS MORAIS
Consideremos, em primeiro lugar, o Sábado do sétimo dia da semana, pois é o dia de guarda estabelecido por Deus, após a criação do mundo. Santificado, separado e abençoado. É ele encontrado na Bíblia em vários lugares, dos quais destacamos: Êxo. 20:8-11; 23:12; 31:15; 35:2; Mar. 2:28; Mat. 24:20; Apoc. 1:10 (João o denominava “O Dia do Senhor”, etc).
É O ÚNICO DIA ABENÇOADO E SANTIFICADO POR DEUS
“E abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou...” Gên. 2:3. (Mais: Êxo. 20:11; 31:14; 35:2; Deut. 5:12; Jer. 17:22,27; Eze. 20:20, etc.).
É TAMBÉM UM SINAL ENTRE DEUS E SEUS FILHOS
“E santificai os Meus sábados, e servirão de sinal entre Mim e vós...” Eze. 20:20. (Mais: Êxo. 31:13, 17; Eze. 20:12; Apoc. 7:2 e 3; 9:4, etc...).
DEUS OS CHAMA DE “OS MEUS SÁBADOS”
“Guardareis os Meus Sábados...” Lev. 19:30. (Mais: Lev. 19:3; Êxo. 31: 13; Lev. 26:2; Isa. 56:4; Eze. 20:12, 13, 16; 20:21, 24; 22:8,26; 23:38; 44:24, etc...).
SÃO TAMBÉM CLASSIFICADOS DE SÁBADOS DO SENHOR
“...Amanhã é repouso, o santo Sábado do Senhor...” Êxo. 16:23. (Mais: Êxo 16:25; 20:10,11; 31:15; Lev. 23:38; Deut. 5:14; Nee. 9:14, etc...).
Prezado irmão, por estas passagens bíblicas, não há dúvidas de que o Sábado do sétimo dia da semana é o quarto mandamento da santa, justa e boa Lei de Deus (Rom. 7:12). E este Sábado foi abonado da seguinte maneira, por Seu Criador, o Senhor Jesus: “E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno NEM NO SÁBADO” (Mat. 24:20). E arremata categoricamente: “...assim o Filho do Homem, até do SÁBADO É SENHOR.” (Mar. 2: 28).
Eis portanto diante de você o santo Sábado do Senhor. O selo da criação, que revela e aponta Deus como o verdadeiro e único Criador de todas as coisas. Por conseguinte, este mandamento é parte integrante da Lei Moral, e classificado por Deus como: “DIA SANTIFICADO”, “MEU SÁBADO” e “SÁBADO DO SENHOR.”
SÁBADOS CERIMONIAIS
O tratamento que Deus dá a estes sábados é bem diferente. Apelo ao Espírito Santo para que o irmão alcance esta diferença e a faça valer.
DEUS OS CHAMA DE “OS VOSSOS SÁBADOS”
“...duma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado.” (Lev. 23:32).
TAMBÉM CLASSIFICA O SENHOR DE “OS SEUS SÁBADOS”
“E farei cessar... as suas luas-novas, e os seus sábados...” Oséias 2:11.
(Mais as passagens: Lev. 16:29-31; 23:5-8, 15-16, 24, 37, 39; 26:34, 35, 43; Lam. 1:7; (2:6); Isaías 1:13 e 14, etc...).
Esses sábados cerimoniais eram em número de sete. Eles tinham uma finalidade: “Eram sombras das coisas futuras” (Heb. 10:1). Aconteciam durante o transcorrer do ano judaico. Eram datas fixas em dias móveis; data fixa quer dizer um dia de determinado mês. Dia móvel indica que esse dia podia cair numa segunda-feira, quarta, sexta, etc. Quando o sábado cerimonial caia no Sábado do sétimo dia, este era considerado “Sábado grande”. João 19:31.
Exemplo: 15 de Novembro é feriado nacional, mas ele não cai todos os anos no mesmo dia da semana. Há ocasiões em que ocorre na segunda, quinta, domingo e até mesmo no Sábado.
Veja, então, a data é fixa: 15 de Novembro. Mas o dia é móvel: pode cair em qualquer dia da semana, e quando acontece, é feriado. Eram feriados fixos. Esses festivais sabáticos estão em Levítico capítulo 23 e eram os seguintes:
1º Sábado – PÁSCOA 15º dia do primeiro mês.
2º Sábado – FESTA DOS PÃES ASMOS: 21º dia do primeiro mês.
3º Sábado – FESTA DAS PRIMÍCIAS (PENTECOSTES) – 6º dia do terceiro mês.
4º Sábado – MEMÓRIA DA JUBILAÇÃO (FESTA DAS TROMBETAS): 1º dia do 7º mês.
5º Sábado – DIA DA EXPIAÇÃO (YOMKUPUR-GRANDE YOMA): 10º dia do 7º mês
6º Sábado – 1º dia da FESTA DOS TABERNÁCULOS: 15º dia do sétimo mês.
7º Sábado – último dia da FESTA DOS TABERNÁCULOS – 22º dia do 7º mês.
Esses dias eram chamados sábados, porque, ao chegarem, imprimiam na mente dos israelitas a mesma santidade do Sábado semanal. Como vê, irmão, nesse exaustivo consultar da Bíblia, denota-se que há uma diferença entre o Sábado de Deus (semanal) e o Sábado do homem (cerimonial).
Efetivamente, há um abismo entre os dois. O Sábado semanal Deus chama de “MEU SÁBADO” e “SANTO SÁBADO”, e o sábado cerimonial classifica-o de “SEU SÁBADO” e “VOSSO SÁBADO”. O Sábado do homem está sempre ligado com cerimônias, abluções, ofertas, manjares, e ordenanças, ao passo que o de Deus está ligado com ações morais.
Se alguém ainda duvida, tome a Bíblia novamente e vamos ler pausadamente: “ALÉM DOS SÁBADOS DO SENHOR...” (Lev. 23:38). Veja a clareza da expressão divina: “ALÉM... dos Sábados do Senhor.” Denota-se seguramente a existência de outros sábados. (Efetivamente, os sábados cerimoniais).
Sabe irmão, o Sábado semanal foi instituído na criação, e nele Deus descansou. O Sábado cerimonial foi instituído no Sinai, e nele Deus não descansou. O Sábado do sétimo dia era guardado 52 vezes ao ano (uma vez por semana); o cerimonial o era 7 vezes ao ano. O Sábado do sétimo dia foi criado antes da queda do homem; o cerimonial, após a entrada do pecado. O Sábado do sétimo dia da semana foi criado “no ambiente da original perfectibilidade edênica, em que o homem, sem a jaça do pecado, privava com o seu Pai Celestial.” – Subtilezas do Erro, pág. 136, A.B. Christianini. Por isso ele é exclusivamente moral.
“O Sábado parece ter sido ordenado aos nossos pais logo que foram criados; e juntamente com a instituição do casamento constituem as únicas relíquias que nos restam da vida sem pecado no paraíso. O mandamento de santificá-lo foi incluído entre os Dez Mandamentos, a lei moral, QUE É DE OBRIGAÇÃO PERPÉTUA.” – Comentário do Evangelho de São Mateus, Vol. 1, pág. 344, de John A. Broadus (teólogo Batista) – grifos meus.
“O Sábado é de OBRIGAÇÃO PERPÉTUA... A sua instituição antedata o Decálogo e forma parte da Lei Moral.” – Teologia Sistemática, pág. 408, de A.H. Strong (teólogo Batista) – grifos meus.
Bem irmão, como o Sábado do Decálogo não é cerimonial, pelo que foi apresentado neste estudo, e alicerçado nestas duas declarações, reasseguro-lhe: Ele não foi abolido, e agora ficará fácil entender as passagens de Isaías 1:13; Oséias 2:11; Colossenses 2:16; Romanos 14:5 e Gálatas 4:10, etc., não é?
RESUMO
SÁBADO SEMANAL
SÁBADO CERIMONIAL
1. Instituído na criação.
2. Deus descansou.
3. Deus mesmo anunciou e escreveu com seu dedo (Êxo. 32:15 e 16)
4. Guardado cada semana (Êxo. 20:8).
5. O quarto mandamento não encerra sábados anuais (Êxo. 20:8).
6. É um sinal eterno (Êxo. 31:16 e 17).
7. Não foi abolido (Atos 15:21; 17:1 e 18:4; Mat. 24:20; Luc. 23:56).
8. Deus o chama de MEU Sábado (Eze. 20:20; Lev. 19:30).
1. Instituído no Sinai.
2. Deus não descansou.
3. Deus não procedeu do mesmo modo (Deut. 31:24-26).
4. Guardado uma vez por ano.
5. Sábado anual não abrange Sábados do Senhor (Lev. 23:37 e 38).
6. Devia cessar (Oséias 2:11).
7. Acabou-se na cruz (Efés. 2:14 e 15; 15; Col. 2:14-17).
8. Deus o chama SEU Sábado (Oséias 2:11; Isaías 1:13).
O SÁBADO NO NOVO TESTAMENTO
Os livros que acusam e combatem os Adventistas do Sétimo Dia são unânimes em afirmar que NOVE mandamentos do Decálogo são repetidos no Novo Testamento, menos o do SÁBADO. Será verdade? Comprove! Leia à pág. 32.
Existem, no Novo Testamento, nada menos que 59 passagens que nomeiam o Sábado do sétimo dia da semana, e apenas uma que se refere ao sábado cerimonial. É, por conseguinte, uma diferença formidável, em favor dos que crêem e amam a Lei Moral dos Dez Mandamentos, além do que, deixam em “maus lençóis” os tais escritores.
Vamos consultar a Bíblia para comprovar! Destacaremos 53 passagens, pois as outras 5 são repetidas em um mesmo verso, e a última é uma comparação (Atos 1:12).
JESUS REVELOU SER O SÁBADO O DIA DO SENHOR.
• Mat. 12:8; Mar. 2:27 e 28; Luc. 6:5.
JESUS, OS DISCÍPULOS E OS APÓSTOLOS FAZIAM TRABALHO MISSIONÁRIO NO SÁBADO.
• Mat. 12:1; Mar. 2:23 e 24; Luc. 6:1 e 2; 14:1; João 5:9; Atos 16:13.
JESUS DEDICAVA O SÁBADO PARA OBRA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL.
• Mat. 12:2, 10-12; Mar. 3:2,4; Luc. 6:7-9; 13:14-16; 14:3-5; João 9:14.
JESUS FEZ DO SÁBADO UM DIA ESPECIAL DE CULTO, DANDO EXEMPLO, INDO À IGREJA.
• Mar. 1:21; 6:2; Luc. 4:16,31; 6:6; 13:10
JESUS REPREENDEU SEVERAMENTE A MANEIRA FARISAICA DE GUARDAR O SÁBADO.
•Mat. 12:5
OS DISCÍPULOS E OS APÓSTOLOS OBSERVARAM O SÁBADO.
• Mat. 28:1; Mar. 15:42; 16:1; Luc. 23:54, 56; Atos 13:14, 27, 42, 44; 15:21; 17:2; 18:1-4.
JESUS RECONHECEU QUE O ZELO SEM ENTENDIMENTO DOS FARISEUS TIROU A ALEGRIA DO SÁBADO.
• João 5:10, 16, 18; 7:22 e 23; 9:16; 19:31.
JESUS TINHA GRANDE PREOCUPAÇÃO; TEMIA QUE SEUS DISCÍPULOS TRANSGREDISSEM O SÁBADO.
• Mat. 24:20.
A única passagem referente ao Sábado cerimonial no Novo Testamento está em Colossenses 2:16, e é um rebate decisivo do apóstolo Paulo aos judaizantes que queriam impor sua perniciosa doutrina entre os cristãos. E Paulo estabelece cristalinamente que este sábado é cerimonial puro, ao dizer, no verso 17, que é “sombra” dos bens futuros.
SITUAÇÃO BÍBLICA NO NOVO TESTAMENTO
Sábado do Sétimo Dia da Semana – 59 Referências
Sábado Cerimonial, abolido – 1 Referência
Domingo (nome não bíblico) – 0 Referência
Primeiro Dia da Semana – 8 Referências
Até pela lógica, é inegável que o santo Sábado não pode ser cancelado.
“A violação do mandamento sabático não é tanto um pecado como tal, mas um sintoma que revela uma atitude que toca todos os mandamentos. A quebra do Sábado em sua natureza essencial é uma rejeição de Deus, uma espécie de rebelião. Não é como matar ou roubar ou cometer adultério. Ela revela um estado interior de desobediência; e desobediência é a essência de todo o pecado.” – M. L. Andreasen, The Sabbath, págs. 76 e 77.
Observe esta simples estatística:
1º – Mandamento – 7 Palavras
2º – Mandamento – 76 Palavras
3º – Mandamento – 25 Palavras
4º – Mandamento – 98 Palavras
5º – Mandamento – 24 Palavras
6º – Mandamento – 2 Palavras
7º – Mandamento – 2 Palavras
8º – Mandamento – 2 Palavras
9º – Mandamento – 8 Palavras
10º – Mandamento – 36 Palavras
CONSIDERE:
• O número de vocábulos não tira o valor implícito do mandamento; daí que duas ou mais palavras inseridas nele têm o mesmo valor real e vital, porém, denota-se que, se o número de palavras em algum mandamento é maior, caracteriza então que foi maior a preocupação de Deus ao redigi-lo. Por isso é de se estranhar que Deus, um dia, tivesse planos de tornar o Sábado nulo.
• O quarto mandamento contém mais palavras que sete mandamentos juntos e, diferentemente dos demais, começa com o vocábulo: “Lembra-te”. Deus previu a falácia humana, razão porque preocupou-Se com as minúcias neste mandamento, para que o homem não o olvidasse jamais. Nele, Deus Se revela como o Criador do Universo.
• O inquestionável é que a Lei Moral não tem mandamento demais, não tem de menos, não tem mandamento que se mudaria com este ou aquele evento, com esta ou aquela ressurreição pois, se assim fosse, Deus Se sujeitaria ao tempo e a ocasiões, não tendo firme Sua palavra, e a Bíblia diz que o caráter Deus não muda (Mal. 3:6). O que faz é perfeito e dura para sempre, pois é um Deus Santo, que não Se confunde, que sabe o que é certo, e o que é melhor e necessário para o homem.
• Jesus disse que não veio abolir nem ab-rogar a Lei Moral (Mat. 5:18). E como Seu digno autor, proíbe que se lhe retire sequer um “til” (minúsculo sinal gráfico). O homem subestima Sua ordem e arranca dela 98 palavras. Como pode?
Encontra-se no livro Dez Passos Para Uma Vida Melhor, segunda edição, do Pastor Fanini, à página 71, este surpreendente comentário. Pergunta ele:
– “Quantas espécies de furto há?” Depois ele mesmo responde:
– “1. Há os que furtam a Deus. Roubam o dia do Senhor: (e acrescenta):
‘Lembra-te do dia de Sábado para o santificar.’”
Este brilhante e famoso Pastor, Presidente Mundial da Igreja Batista, define bem a posição humana em contraste com a sabedoria de Deus que aglutinou neste mandamento 98 palavras escritas pelo Seu próprio dedo, para que se tornasse, como de fato é, uma vertente de bênçãos ao que “fiel obedece”.
Lamentável é que, ainda assim, os cristãos têm-no “roubado” de Deus, transgredindo-o. Jesus codificou de “condutores cegos” Mat. 15:14, a alguns de seu tempo. Lembre-se disso. Meu amado, ore e decida-se pela Verdade, por favor!
“Lembra-te do dia de Sábado para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra; mas o sétimo dia é o Sábado do Senhor Teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os Céus e a Terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do Sábado e o santificou.” Êxodo 20: 8-11.
• Como acontece em todos os tribunais, a lei para ser exercida, mantida e cumprida, precisa ter à sua retaguarda o legislador. Na Lei Moral (os Dez Mandamentos), o quarto mandamento revela Deus como o grande legislador da Lei, o Criador de todo o Universo. O cancelamento deste mandamento pela mudança do dia de repouso fatalmente tiraria o nome de Deus como legislador da lei, e conseqüentemente perderia seu valor, pois “lei sem legislador, nada vale”.
• Cristo fez do sétimo dia da semana, ao estabelecê-lo como dia de repouso, o memorial de Seu poder criador. Fosse mesmo verdade que Cristo aboliu ou transferiu o dia de repouso, forçoso é crer que Cristo não estaria mais interessado em ser reconhecido “como Criador perante os habitantes da Terra”, bem como daria razão aos ateus que dizem que “Deus não existe e que a Terra não foi criada por ninguém, mas surgiu por si só, mediante um processo evolutivo, bem como é dado aos homens o direito de posse definitiva e permanente do Planeta, e Ele, como legítimo Criador, nada mais seria aqui e jamais viria, como prometeu, para solucionar os problemas da civilização e estabelecer Seu reino.”
• “Aquilo que é estabelecido como memorial de um certo acontecimento não pode ser empregado como memorial de outro acontecimento oposto. Assim, o repouso semanal original, estabelecido por Cristo como comemorativo de um ato Seu – a criação do mundo – jamais seria por Ele transferido para outro dia da semana, e muito menos para comemorar um outro ato Seu – a Sua ressurreição.”
JESUS CRISTO É O SENHOR DO SÁBADO – Marcos 2:27-28
Portanto, qualquer mudança na observância do quarto mandamento só poderá ser feita por Ele. Entretanto, ouça o que disse Ele:
Mateus 5:17-18 – “...até que o Céu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei...”
Estas duas testemunhas (Céu e Terra), enquanto existirem, estarão clamando contra aqueles que deliberadamente rejeitam reconhecer a eternidade da Lei Moral de Deus e a sacrossantidade do Sábado.
Jesus é o “Caminho, a Verdade e a Vida” (João 14:6).
Jesus é o único exemplo, “para que sigais Suas pisadas” (I Pedro 2:21).
O cristão deve andar “como Jesus andou” (I João 2:6).
“Vós sereis Meus amigos, se fizerdes o que vos mando” (João 15:14).
O QUE JESUS MANDOU: “Examinai as Escrituras...” (João 5:39)
• Que a lei não foi abolida (Mat. 5:17 e 18)
O QUE JESUS ENSINOU • Não violar o Sábado (Mat. 24:20)
• Freqüentar a igreja aos Sábados (Luc. 4:16).
JESUS NÃO TINHA PECADO! Porque então batizou-Se?
DEUS NÃO SE CANSA! Porque então descansou?
Resposta: Para nosso exemplo.
CONSIDERANDO QUE:
• Jesus instituiu o Sábado (Êxo. 20:8-11).
• Por preceito e exemplo, Jesus reverenciou o Sábado na Terra (Luc. 4:16).
• Jesus denominou-se “Senhor do Sábado” (Mar. 2:28).
• “Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Heb. 13:8).
PERGUNTA: Que dia Jesus guardaria Se estivesse hoje entre nós?
OBSERVAÇÃO: Deus permite você escolher onde morar, onde trabalhar e o que vestir, mas o dia de guarda, Ele determina para você: o Sábado.
Um pastor pentecostal “apertava” tanto os fiéis para o “pagamento” do dízimo com palavras até ofensivas, que alguns membros exigiram uma reunião para tratar do assunto. Nesta, um dos presbíteros desabafou:
“ – Pastor, como o Sr. sabe, o dízimo não é mandamento. Se o Sr. continuar exigindo-o dessa forma, temos então que guardar o Sábado porque, este sim, é mandamento.” (Palavras textuais dele, a mim).
A Igreja Batista de Jerusalém constitui-se num fato singular e motivo de surpresa para os turistas Batistas. É que, desde 1949, ela realiza seus cultos no Sábado de manhã. Os milhares de Batistas que a visitam a cada ano inquirem sobre tal acontecimento, e a resposta textual de Robert Lindsay, pastor local, é:
– “Respondo que nós aqui oramos no mesmo dia em que Jesus costumava fazê-lo.” – R.A., Março/84.
– Efetivamente, esta atitude está de acordo com Lucas 4:16.
– Queira Deus que essa disposição da Igreja Batista de Jerusalém seja a porta aberta para o entendimento final de todos que o Sábado é o Dia do Senhor.
Em Outubro/ 96, uma comitiva de Pastores da ARJ foi à Terra Santa. No dia 14/10/96, o Pastor Euzélio, integrante da caravana, esteve em Jerusalém levando um livro Assim Diz O Senhor com a orientação de mostrar ao Pastor Robert Lindsay esta página 174. O Pastor Lindsay faleceu um ano antes, porém, seu substituto leu, disse que “o Sábado é um dia especial para o crente, e é o dia de guarda bíblico”, e que a Igreja Batista ainda tem os cultos aos Sábados. Para minha alegria ele escreveu na contra capa deste exemplar do livro Assim Diz O Senhor, o seguinte:
Tradução: “Para meu irmão Lourenço Gonzalez, eu envio meu amor cristão e te abraço com meu afeto. Continue com a Graça do Senhor Jesus (Yeshua) te abençoando. Paz de Jerusalém. Charles Kopp – 14-10-1996” – Pastor.
O SÁBADO FOI FEITO POR CAUSA DO HOMEM
“O Sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do Sábado.” Marcos 2:27
Esse texto bíblico tem sido utilizado por pessoas sinceras para pregar que, sendo o Sábado criado por causa do homem, este nada tem com ele, está abolido, cancelado, nulo, etc. Você vai observar que este pensamento, conquanto sincero, está longe do que Deus tinha em mente ao criar o Sábado. Medite nisto:
• A Bíblia foi feita por causa do homem, e não o homem por causa da Bíblia.
• A Santa Ceia foi feita por causa do homem, e não o homem por causa da Santa Ceia.
• A oração foi feita por causa do homem, e não o homem por causa da oração.
• A Igreja foi feita por causa do homem, e não o homem por causa da Igreja.
• A salvação foi feita por causa do homem, e não o homem por causa da salvação.
Então, a Bíblia perdeu o valor e está cancelada? A Santa Ceia foi abolida? A oração caducou? A Igreja é dispensável? A salvação é utopia? Não. E não! O Sábado tem que ser guardado, assim como você lê a Bíblia, toma a Santa Ceia, ora, vai à igreja e é salvo. (A mulher também foi feita por causa do homem – I Cor. 11:9. Não foi bom?!) Deus sempre está certo! Gênesis 2:18.
O VALOR DO SÁBADO
Uma dona de casa acorda pela manhã, arruma a cama, varre a casa, prepara o desjejum, “põe a mesa, tira a mesa”, lava pratos, faz a marmita do marido, “despacha” o marido, lava roupa, tira o pó dos móveis, arranja as plantas, limpa as vidraças, prepara as crianças para levar e trazer da escola, faz o almoço, “põe a mesa, tira a mesa”, lava pratos, arruma a cozinha, prepara o lanche, lava os talheres, faz a janta, “põe a mesa, tira a mesa”, lava os pratos e panelas, limpa a cozinha... e vai dormir, pensando o que vai fazer (cozinhar) para o dia seguinte.
Esta maratona pode começar ao alvorecer e terminar pela madrugada, dependendo do tamanho da família e das condições de cada qual. Imagine isso durante anos a fio. Torna-se esta dona de casa uma verdadeira máquina. Por isso, o bom Deus criou o Sábado. Agora é fácil entender por que “O Sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do Sábado”, não é? Imagine um operário braçal.
Sim, meu irmão, Deus criou o Sábado por causa desta dona de casa e do trabalhador em geral. Para que, neste santo dia, pudessem parar a fim de recobrar as forças e ter tempo suficiente, livre da fadiga, e dos transtornos, descansando de seus labores, para meditar de forma total no grande amor de Deus.
Experimente, irmão ou irmã, na próxima sexta-feira, exatamente à hora do pôr-do-Sol, encerrar todas as atividades. Tenha a casa arrumada, troque os lençóis, fronhas e colchas, a comida prontinha, a roupa passada e guardada, os sapatos engraxados, a televisão e o rádio desligados. Os jornais e revistas seculares recolhidos.
Reúna a família, cantem hinos de louvor a Deus, leiam a Bíblia, orem. Estarão assim recebendo o Sábado bíblico em sua casa. Depois dirijam-se à mesa, jantem e preparem-se para um repousante sono. A noite será diferente e mais agradável. Pela manhã, tomem o desjejum e estejam desde já convidados a assistir, em uma de nossas 67.237 Escolas Sabatinas, ao culto de adoração e louvor a Deus, que começa pontualmente às 9:00 horas. À tarde, saiam com a família a contemplar a natureza, mostrem os campos e as flores, o mar e todo o Universo aos filhos, e lhes digam que tudo foi criado pelo bom Pai Celestial. E até eles compreenderão que Deus tinha razão ao criar o “Sábado por causa do homem.” Deus continua certo: O homem precisa do Sábado! Não sejamos ingratos ao recusar o que Deus fez para nós.
Amado irmão, faça esta experiência com sua família.
Apanhe 7 copos, encha-os com água potável.
(Façamos de conta que cada copo representa um dia da semana)
Tome um “gole” de água de cada um dos copos.
(O sabor é igual, não é mesmo?)
Coloque suco de uva no sétimo copo.
(Experimente um gole deste e um gole dos outros 6. Você notará uma grande diferença no sabor do copo 7 em contraste com os demais.)
Agora coloque açúcar no copo 7 e mexa bastante.
(Sorva-o todo. Que tal? É diferente?)
ASSIM O SENHOR FEZ COM O SÁBADO:
SEPAROU-O – GÊNESIS 2:1-2 – (“ÁGUA)
SANTIFICOU-O – ÊXODO 20:8-11 – (“SUCO DE UVA”)
ABENÇOOU-O – ISAÍAS 58:13-14 (“AÇÚCAR”)
“Assim como Deus completou Sua obra em seis dias, de modo que pôde ser dito que ela estava ‘terminada’ no sétimo dia, devemos completar nosso trabalho durante os seis dias destinados para isso, e descansar olhando além de nossos interesses e necessidades terrenos, para o privilégio de manter comunhão com nosso Criador. O dia de repouso de Deus não é meramente um sinal de parada, mas um convite para crescente amizade...” – Lição da Esc. Sab. 14/7/85.
QUANDO SERIA RESTAURADO O SÁBADO?
Daniel 8: 12
“...e lançou a Verdade por terra; fez isso e prosperou.”
A Verdade, como já dissemos, é: DEUS (Isa. 65:16); JESUS CRISTO (João 14:6); ESPÍRITO SANTO (João 16:13); BÍBLIA (João 17:17); LEI MORAL (Sal. 119:142).
Portanto: Negar ou matar a Cristo; usurpar o lugar de Deus; olvidar a atuação do Espírito Santo; substituir a Bíblia e modificar a Lei Moral é “lançar a Verdade por terra.”
Quando Daniel profetizou isso (600 a.C.), a verdade estava de pé. Ou seja: Os judeus foram separados como nação eleita para ser a luz dos povos. O templo era a Igreja (Êxo. 25:8). O evangelho era o Sistema Sacrifical que prefigurava o Messias, e a Lei Moral era a norma de conduta. O Espírito Santo, embora atuante, não fora dado de forma clara, o que só ocorreu no Pentecostes ao ser Jesus glorificado no Céu pelo Pai (João 17:5). No Pentecostes se deu a obra inaugural do Espírito Santo como sucessor de Jesus.
Os anos se passaram. O Messias chegou, e mataram-nO. Mas, no ano:
31 d.C. (morte de Cristo) a Verdade estava de pé.
58 d.C. Ainda permanecia de pé sustentada por Paulo (Atos 20:29, 30).
62 d.C. Paulo adverte veementemente: II Tess. 2:3 e 4 (O apóstolo define quem tentaria contra a Verdade para lançá-la por terra).
100 d.C. Morre João, o último dos apóstolos. A Verdade ainda está de pé.
200/300 d.C. Ainda permanece de pé, toda a Verdade de Deus.
321 d.C. Ocorre a conversão nominal do imperador Constantino ao cristianismo (apenas uma manobra política para lhe assegurar a permanência no governo). Em 7/3/321 d.C. celebra ele o famoso edito dominical que iria abrir a porta às leis dominicais futuras (veja este decreto na página nº 118). Posteriormente afirmou: “Juntar-se à igreja ou perder a vida.”
364 d.C. No Concílio de Laodicéia a Igreja Romana transferiu definitivamente a solenidade do Sábado para o domingo (ver pág. nº 120).
503/508 d.C. Nestes anos, consolidou-se a posição religiosa de apostasia total. Abria-se o caminho para a “abominação assoladora”. O papado contava com o apoio eclesiástico (no Sínodo de 503 d.C. em Roma, o Papa foi declarado como o substituto de Deus não podendo ser julgado por pessoa alguma). Recebeu também o apoio civil (503 a 508 d.C.) através de Clóvis (Clodoveu) rei dos Francos que, aceitando o cristianismo por influência de sua esposa cristã, Clotilde, torna-se ardoroso defensor do papado, lutando contra todos os povos hostís ao Papa. Isto lhe valeu o título de “filho mais velho da Igreja Católica”.
533 d.C. Justiniano, imperador de Roma Oriental, com sede em Constantinopla, declara o papa como o “cabeça de todas as igrejas”, passando o papado a dominar a Europa.
538 d.C. Exatamente neste ano foi expulso de Roma o último poder opositor do papado – os Ostrogodos. Com sua queda desenvolveu-se notadamente a supremacia papal. Virgílio, bispo de Roma, torna-se o 1º papa com jurisdição temporal. A verdade que, paulatinamente, já vinha sendo modificada, sob este poder, seria, definitivamente, lançada por terra.
A profecia de Daniel 8:12 se locupleta na de Paulo (II Tess. 2:3 e 4), senão, veja o que diz a História Universal: No ano (321 d.C.) mudança do Sábado para o domingo. (370 d.C.) culto aos santos. (400 d.C.) oração pelos mortos e sinal da cruz. (500 d.C.) origem do purgatório. (609 d.C.) culto à virgem Maria. (758 d.C.) confissão auricular. (787 d.C.) culto às imagens. (880 d.C.) canonização de santos. (998 d.C.) festa de finados. (1.190 d.C.) venda das indulgências. (1.215 d.C.) consagrada definitivamente a confissão auricular. (1.220 d.C.) adoração à hóstia. (1.414 d.C.) uso de cálice só para sacerdotes. (1.563 d. C.) o Concílio de Trento determina que a tradição tem o mesmo valor que a Bíblia, e aceita como canônicos os livros apócrifos. (1.870 d.C.) é declarada a infalibilidade do papa quando fala ex-cátedra, pelo Concílio Vaticano.
O mundo então mergulhou em densas trevas. Foi retirada a Bíblia da mão do povo e colocadas em seu lugar as tradições romanas. As consciências foram cauterizadas no engano. Superstições inventadas, ninguém raciocinava livremente, dominados que foram pelo poder católico romano. Todos viviam receosos da bula papal. Reis, príncipes e o povo comum temiam a excomunhão da santa Sé. Vieram então os cismas e as indulgências. A intolerância religiosa estabelecida por Roma Cristã obliterou a visão de um Deus amoroso, piedoso, misericordioso e compassivo.
Eis que surge o século XVI, e com ele, o embrião da Reforma Protestante. Muitos homens santos deram suas vidas em favor da Verdade no intuito de restaurá-la; antes e depois deste século, a saber:
Wiclef: Reformador inglês, cognominado a “estrela da manhã dos Reformadores”. Traduziu a Bíblia do latim para o inglês em 1.380 d.C. Seu protesto veemente foi contra a venda de indulgências. Seus ossos foram parar na fogueira.
Jerônimo e João Huss, dois expoentes máximos da Reforma; em defesa da verdade foram também devorados pela fogueira.
Willian Tyndale, suscitou o ódio dos prelados ao traduzir as Escrituras Sagradas para o idioma materno. Por ordem de Carlos V da Alemanha, foi ele estrangulado no dia 6 de Outubro de 1536 e queimado num poste de Vilvorde, próximo a Bruxelas.
Martinho Lutero, Reformador alemão. A estrela central da constelação imarcescível dos valorosos reformadores. Quando ele subia de joelhos os degraus da “escada de Pilatos” em Roma, uma voz lhe soou aos ouvidos: “O justo viverá pela fé” (Rom. 1:17). Olhou para todos os lados. Nada viu. Continuou. A voz cálida repetiu-se: “O justo viverá pela fé”. Não mais duvidou. De pronto, levantou-se.
Lutero cria nas torturas e sacrifícios, isto é, na justificação pelas obras como o tinha aprendido na Igreja Católica.
Interrompeu imediatamente sua via-crúcis pois entendera a voz e a mensagem divinas. Penitências, obras de qualquer espécie, promessas, sacrifícios de auto flagelação, nada disso pode justificar a ninguém (Isaías 64:6).
Correu até sua igreja em Vitemberg na Alemanha e colocou 95 teses contrárias à Igreja Católica (31/10/1517) e por isso foi levado aos tribunais da Santa Sé.
“Retrata-te herege”, vociferavam bispos e padres. De quê? Serenamente perguntava este homem de Deus: “Provem pela Bíblia meu erro!” (E pode??).
Lutero foi salvo pelo Senhor para desencadear o grande processo de restauração das Verdades que estavam lançadas por terra. E começou pela Bíblia. Traduziu-a para o alemão em 1.534 d.C., e mais tarde fundou a Igreja Luterana. Mas,
• Continuou guardando o domingo;
• Crendo que na morte da pessoa, saía-se-lhe a alma; (imortalidade);
• E praticando o batismo por aspersão (água na cabeça).
Lamentavelmente, a Reforma de Lutero, conquanto providencial e necessária, foi uma Reforma incompleta. Julgá-lo? Quem?!
Um homem que se levantou sozinho contra um Sistema Eclesiástico poderoso que dominava o mundo. Como também exigir dele, que viveu apenas 63 anos, uma reforma total das Verdades que foram lançadas por terra há milênios?
Agradeçamos a Martinho Lutero a bênção de ter restaurado a autoridade da Bíblia e a grande verdade da justificação pela fé. A sua sinceridade nos leva a entender que, 1.300 anos de engano, efetivamente lhe ofuscaram a visão espiritual concernente ao Sábado, pois temos dele o seguinte testemunho:
“É muito surpreendente para mim que alguém possa afirmar que eu rejeito a Lei ou os Dez Mandamentos... Não conheço nenhum modo em que nós não os usemos... Pois quem poderia saber que, e por que, Cristo sofreu por nós, sem saber o que é pecado ou a lei? Portanto, a Lei precisa ser pregada onde quer que Cristo for pregado.” – Martinho Lutero, Luther’s Works (Filadélfia: Fortress Press, 1971), vol. 47, págs. 109 e 113.
Portanto, como cada época da história teve sua Verdade Presente, a Verdade Presente na era de Lutero foi a justificação pela fé.
Nenhuma outra Verdade poderia ser restaurada em primeiro lugar senão essa; porque ao povo havia sido ensinado que o perdão se comprava com dinheiro (indulgências). E o livro do profeta Daniel estava “selado” ainda.
O certo é que, com Lutero, a igreja começou a ser despertada do sono milenar para novamente adentrar o caminho da verdade e santidade. Importava seguir em frente. Raios de fulgurante luz espancavam as espessas trevas dos ensinos pervertidos e das práticas pagãs de Roma papal. Porém, ainda que a Reforma surgisse em hora gloriosa, o restabelecimento de todas as Verdades não se deu.
Era exigir demais que os Reformadores abandonassem todos os erros de seus antepassados, ou que eles restaurassem todas as Verdades “lançadas por terra”. Todo o conjunto de Verdades divinas alteradas milenarmente pela igreja dominante teriam que ser gradativamente restauradas, e não todas de uma vez.
Efetivamente, algumas verdades estavam ocultas aos seus olhos, aguardando outra oportunidade para serem restauradas ao seu primitivo fulgor, fato que está plenamente de acordo com os reclamos da profecia.
O batismo por aspersão (infantil) é um exemplo. Deus o aceitou até que a forma original pudesse brandir as trevas e se revelar, também fulgurante. Quando este batismo (gotas de água na cabeça) era a luz que os crentes tinham, ou seja, não compreendiam com exatidão a verdadeira forma de batizar, Deus aceitava sua fidelidade à luz então crida. Daí, a certeza de que a pessoa só será responsável pelo conhecimento que teve da verdade em sua época. Ela só prestará conta da luz recebida e vivida, segundo o esclarecimento obtido.
Pois bem, as Igrejas Reformadas que se seguiram à Luterana, também não complementaram a Reforma, por isso mesmo continuaram iguais, todas guardando o domingo, crendo na imortalidade inerente da alma e batizando por aspersão. Só em 1.609, a Igreja Batista restaurou outra Verdade que foi o batismo por imersão e só de adultos. Daí para frente, nenhuma igreja mais fez nenhum progresso no sentido de restaurar as Verdades que ainda se encontravam no “chão”.
Evidentemente, Martinho Lutero nem ninguém poderia contrariar a profecia. A restauração de todas as Verdades só se daria quando chegasse o tempo predito na profecia, isto é: o Tempo do Fim, 1844 Dan. 8:12, 14, 17, 19, 26. Deus cuidou para que a profecia se cumprisse tal qual encontrada na Bíblia. Deus espera que os cristãos do final deste século, sejam os valentes atalaias de Sião, defensores da Verdade.
VERDADES CONFIRMADAS NO TEMPO DO FIM
• Bíblia Sagrada sem os livros apócrifos.
• Justificação pela fé.
VERDADES RESTAURADAS
a partir de 1844, pela Igreja Adventista do 7º Dia:
TEMPERANÇA (ampla reforma pró-saúde).
• Abandono de carnes imundas.
• Abandono de cigarros e bebidas alcoólicas.
MORTALIDADE DA ALMA
•A alma é o homem. Ele não abriga algo que se desprende ou se desgarra na morte.
SANTA CEIA
• Lava-pés, puro suco de uva e pão ázimo (sem fermento).
LEI DE DEUS
• Restauração de todos os Dez Mandamentos. (aqui está o Sábado). Etc.
OBSERVAÇÃO: O Sábado não poderia ser restaurado antes do cumprimento da profecia. O tempo do fim começou no século XVIII e não no século XVI quando se deu a Reforma Protestante. – A Bíblia está certa, a História Universal confirma. Amém!
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Complemento:
Esdras 7:7-9 – “Também subiram a Jerusalém... no sétimo ano do rei Artaxerxes... E no mês quinto veio ele a Jerusalém; e era o sétimo ano deste rei. Porque no primeiro dia do primeiro mês foi o princípio da sua subida de Babilônia, e no primeiro dia do quinto mês chegou a Jerusalém, segundo a boa mão do seu Deus sobre ele.”
“Mês quinto” – Quinto mês do reinado de Artaxerxes I, o monarca Persa que fez o terceiro decreto para a reconstrução de Jerusalém.
“Sétimo ano” – O rei Artaxerxes reinou de 465 a 423 a.C. Para descobrir-se o sétimo ano basta fazer a contagem decrescente: 464 (1º ano); 463 (2º ano); 462 (3º ano); 461 (4º ano); 460 (5º ano); 459 (6º ano); 458 (7º ano). Cinco meses após, já é o ano 457 a.C.
“Primeiro dia do primeiro mês” – Esdras saiu de Babilônia com sua caravana no primeiro dia do primeiro mês (Nisã) do ano 457 a.C..
“Primeiro dia do quinto mês” – Esdras chegou a Jerusalém no primeiro dia do quinto mês (ABe), do ano 457 a.C.
O SÁBADO NA NOVA JERUSALÉM
Alguém me disse:
"Não havendo na Nova Jerusalém noite para marcar os limites nem o início ou o fim do dia, será impossível guardar o Sábado ali, portanto o Sábado está abolido."
Está certa ou errada, esta pessoa? Vamos ver:
Voltemos ao longínquo passado. Jesus, ao ressuscitar, empenhou Sua palavra dizendo que iria preparar um lugar para os salvos, lembra-se? João 14:1-3.
• Este lugar é a Nova Jerusalém: Apoc. 21: 2, 10.
• A Nova Jerusalém é o Templo de Deus: Apoc. 21: 3, 22.
• Vai ser a capital da Nova Terra: Zac. 14: 4, 5, 9.
A Nova Jerusalém não precisará de luz do Sol nem luz da Lua:
Apocalipse 22:5
"E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do Sol, porque o Senhor Deus os alumia..." (Isa. 60:19; Apoc. 21:23).
OBSERVAÇÕES:
• Por que se acende as lâmpadas à noite?
• Os postes de iluminação pública são providos de um sistema célula fotoelétrica que, automaticamente se liga, quando a luz do Sol desaparece. E desliga-se instantaneamente quando, no dia posterior, reaparece o Sol.
• A luz (lâmpada) acesa pela manhã se ofusca diante da luz do Sol? – Claro que sim!
Na Nova Jerusalém não terá nenhuma instalação elétrica e estará toda iluminada à noite pela luz que emana do Senhor Jesus.
Se esta magnífica cidade não possui templo, se o Senhor é o Seu templo, se Sua glória a ilumina, então ela será a morada de Jesus. O Seu trono estará ali. E é isso mesmo! Jesus é nosso para sempre, Deus não O deu para nós? (João 3: 16).
Mas... quanto ao Sábado, algum problema? Lógico que não! Observe:
• Deus criou a Terra para nós, os seres humanos (os terráqueos). Deu-lhe forma, separou as trevas da luz e denominou-as: Noite e Dia. Gên. 1: 2-13.
• Criou o Sol para iluminar o dia, e a Lua para clarear a noite. Gên. 1: 16-18.
• Depois criou um casal maravilhoso ordenando-lhe crescer e multiplicar. Este casal seria o embrião da família humana. Gên. 1: 27- 28.
• O Sol e a Lua realizavam suas funções necessárias à manutenção da vida na Terra, enquanto Adão e Eva viviam felizes, sem pecado, no Éden.
Um dia o pecado entrou neste mundo. Que lástima! O Sol e a Lua continuaram e continuam realizando a obra para a qual Deus os destinou.
Um dia o pecado será desarraigado da Terra, e o Sol e a Lua continuarão brilhando, porque o homem nela morará, agora, porém, sem pecado, tudo novo. E a cada Sábado iremos ao templo (Nova Jerusalém) para adorar, e lá nos recepcionará o Senhor Jesus cuja glória ilumina toda a cidade – de dia e de noite. Ouça:
“E será que desde uma lua nova até a outra (mensal), e desde um Sábado até ao outro (semanal), virá toda a carne (pessoas) a adorar perante Mim, diz o Senhor.” – Isa. 66: 23.
Eu não ficarei de fora, e você? Glória a Deus!
“O SÁBADO É DIFERENTE DOS SEIS DIAS DA SEMANA PORQUE NO GÊNESIS NÃO DIZ TARDE E MANHÔ
Impressionantemente, quando uma pessoa decide não aceitar a clareza bíblica da validade do Sábado, ela procurará “mil” coisas para questionar. Bem, anote aí:
“Diferente dos outros seis, o sétimo dia da Criação não é designado como ‘tarde e manhã’. Alguns estudiosos querem defender que os seis dias correspondem a períodos de tempo e o sétimo não tinha limites fixos. Assim, sugerem que o Sábado é um tempo anterior à queda do homem, a ser restaurado quando pecado e pecadores não mais existissem. Isso omite três fatos importantes:
“ (1) – O sétimo dia é chamado ‘um dia’ (yom, em hebraico; Gên. 2: 2), da mesma forma que os seis dias anteriores (Gên. 1:5-31).
“ (2) – O último dia da semana da criação é chamado ‘o sétimo’.
“ (3) – O quarto mandamento iguala os sete como parte iguais de uma semana (Êx. 20: 8-11). Portanto, o Sábado da Criação não foi um período de tempo extenso, da mesma forma que não o foram os demais seis dias da Criação.
“A palavra ‘dia’ (yom, em hebraico), sempre significa um dia de 24 horas, quando usada com o numeral (primeiro, segundo, terceiro, etc). Logo, Gênesis 1, fala da criação em seis dias literais.
“ O sentido da expressão ‘sétimo dia’ em Gênesis 2: 2 é o mesmo de quando aplicado aos seis dias anteriores. Diferente dos meses e anos, que são determinados pelo movimento da Lua em torno da Terra e pela Terra em torno do Sol, respectivamente, não há um fenômeno natural para determinar a semana. A origem da semana tem a ver com a Criação.” – Lição da Escola Sabatina, 4/8/96.
LEMBRE-SE:
• O Sábado não é dos judeus. É do Senhor teu Deus.
• O Sábado foi o primeiro dia inteiro que Adão e Eva viveram.
• Se Jesus viesse para destruir o Sábado, Ele não o teria guardado. Lucas 4: 16.
• Foi no Sábado que Jesus levantou-Se e, lendo o profeta Isaías, disse ser o Messias.
• O Sábado, além de ser o marco de que Deus é o Criador, é o refúgio contra o stress. Neste dia deve-se deixar tudo para adorar a Deus.
• Que sentido faz Jesus mandar orar 39 anos depois de Sua volta ao Céu (Mat. 24:20), se os discípulos não guardassem o Sábado?
• Se Jesus fosse transferir o Sábado para o domingo, os discípulos não iriam com bálsamo e tristeza ao túmulo (Marcos 16:2); mas, com flores e muita alegria.
SLIDES
Baixe esse capítulo em apresentação do Power Point.

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