• “Um Tempo, Tempos e Metade de um Tempo”, Matemática Divina
• O Livro Selado
• O Livro Aberto
• Restaurado o Dom Profético
“Não havendo profecia, o povo se corrompe...” Prov. 29:18
No Pentecostes, Deus deu à Sua igreja o Dom de Línguas.
– Os discípulos, então, cumpriram o Ide!
Dois mil anos depois, Deus deu à Sua igreja o Dom de Profecia.
– E ela também o está cumprindo.
“TEMPO, DOIS TEMPOS E METADE DE UM TEMPO”, MATEMÁTICA DIVINA
Da Reforma Protestante do Século XVI surgiu a Igreja Luterana (1517), que, embora tivesse restaurado a grandiosa verdade da justificação pela fé e a autoridade da Bíblia, ainda continuava a praticar o batismo por aspersão.
Posteriormente, com raízes da Igreja Luterana, surgiu o anglicanismo (1534), que gerou os Puritanos, Episcopais, Separatistas, Quakers, Congregacionalistas, etc. Em seguida surgiu a Igreja Batista (1609), cujos dirigentes aceitaram o batismo por imersão, que em verdade é o batismo bíblico; surge depois a Igreja Metodista (Século XVIII), por acreditarem seus dissidentes haver a necessidade especial de métodos no culto; finalmente, os pentecostais (Século XX), etc.
Surgiram assim as grandes Igrejas, cada uma aceitando variados pontos doutrinários, porém indiferentes em restaurar completamente a Lei de Deus, bem como negando a doutrina da mortalidade da alma.
Embora a Bíblia mencione a volta de Jesus mais de 2500 vezes, esta doutrina não recebeu enfoque nas Igrejas Reformadas. A Bíblia não menciona o dia e a hora desta volta, mas, nem por isso deve-se deixar de pregá-la. A volta de Jesus é fato confirmado e urgente, bem como a maior esperança do crente.
Sabemos pela Bíblia, especificamente pelo livro de Daniel, onde há uma profecia clara e definida, que o despertamento para a mensagem do advento do Senhor seria depois de um determinado período de tempo, que se estenderia até o “Tempo do Fim”, quando então se levantariam homens em todos os quadrantes da Terra, para proclamar exclusivamente esta mensagem ao mundo. Vamos buscá-la:
Daniel 12:5 – “E eu, Daniel, olhei, e eis que estavam outros dois, um desta banda, à beira do rio, e o outro da outra banda, à beira do rio.”
Pois bem, o profeta vê dois anjos, um de cada lado do rio Tigre da Mesopotâmia. Um anjo interroga o outro:
Daniel 12:6 – “E ele disse ao homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio: Que tempo haverá até ao fim das maravilhas?”
Caro irmão, que acha você seja a maior maravilha que pode ocorrer neste mundo, que é palco de sofrimento, lágrimas e violência? – Sim, a volta gloriosa do Senhor Jesus! Esta é a maior maravilha, na verdade é o fim das maravilhas.
Observemos a pergunta do anjo: “Que tempo haverá até o fim das maravilhas?” Certamente, o fim é a maravilha maior: A volta de Jesus. Mas, aconteceriam “maravilhas” que antecederiam a vinda do Senhor, e são sem dúvida nenhuma, irmão, os grandes sinais proféticos, precursores da volta de Jesus – a maior maravilha de todos os tempos.
E estas maravilhas, isto é, os grandes sinais proféticos, são os sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; terremotos, angústia entre as nações, mencionados em Lucas 21, Mateus 24, e em outros livros. Consideremos agora a resposta do anjo:
Daniel 12:7
“E ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio, quando levantou a sua mão direita, e sua mão esquerda ao Céu, e jurou por Aquele que vive eternamente que depois de um tempo, dois tempos, e metade de um tempo, e quando tiverem acabado de destruir o poder do povo santo, todas estas coisas serão cumpridas.”
“A resposta do homem vestido de linho não se fez esperar. Erguendo as mãos para o Céu, jurou pelo Eterno, em afirmativa de que ia dizer em testemunho da verdade. Seu juramento referiu-se ao exato tempo em que terá lugar o início do tempo chamado ‘fim do tempo’, e bem assim o tempo inicial das ‘maravilhas’ anunciadas.” – Testemunho Histórico das Prof. de Daniel, pág. 721. A.S. Mello.
Para descobrirmos a verdade desta profecia, e o ponto de partida para sua interpretação, basta voltar uma página atrás:
Daniel 11:13
“Porque o rei do norte tornará, e porá em campo uma multidão maior do que a primeira; e ao cabo de tempos, isto é, de anos...”
Veja como é clara a interpretação bíblica, pela Bíblia; diz ela que o vocábulo tempos é o mesmo que anos. Sendo assim, sabemos que o período de tempo mencionado pelo anjo, em cujo final aconteceriam os sinais da volta de Cristo, são 3½ anos proféticos. (1 tempo, 2 tempos e 1/2 tempo).
Daniel 7:25
“E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão por um tempo, dois tempos e metade de um tempo.”
Aqui novamente é focalizado o período dos 3½ anos proféticos, durante os quais a Lei de Deus seria mudada, fato comprovado hoje; o tempo bíblico que marca o ciclo de 24 horas deixou de ser de pôr-do-Sol a pôr-do-Sol, e é aceito como de meia-noite a meia-noite; o povo de Deus seria perseguido e morto, verdade que a história confirma fielmente. E palavras contra o Altíssimo, nada mais são do que a acintosa determinação de mudar o que Deus não altera, nem modifica; a resolução de criar dogmas e ensiná-los, sem a aprovação e o sinete do Céu, com a prerrogativa de que: “Ocupamos na Terra o lugar de Deus Todo Poderoso.” – Papa Leão XIII, Encyclical Letter, June 20, 1894, The Encyclical Letters of Leo XIII, pág. 304.
Assim, irmão, tudo isso aconteceria durante o transcorrer deste período de “um tempo, dois tempos e metade de um tempo”, em cujo final as “maravilhas” (sinais) começariam a aparecer. A partir de agora você irá observar como os livros de Daniel e Apocalipse estão interligados. Daniel 12:7; 7:25 e Apocalipse 12:14, todos estes textos mencionam: “um tempo, dois tempos e metade de um tempo”, perfazendo um total de 3½ tempos.
Por outro lado, são também 3½ anos, pela interpretação de Daniel 11:13. Se um tempo é igual a um ano, dois tempos são dois anos, e metade de um tempo é igual à metade de um ano.
A Bíblia transforma estes 3½ tempos ou anos proféticos em 42 meses, dentro do mesmo escopo escatológico.
Apocalipse 13:5
“E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se- lhe poder para continuar por 42 meses.”
Este é o mesmo poder que Daniel apresenta como perseguindo a igreja, alterando a Lei de Deus, e a igreja assim, teria de fugir por este período de tempo, a fim de não sucumbir totalmente.
Então entendamos a matemática divina. Já sabemos que 3.1/2 tempos são 3½ anos. Se um ano tem 12 meses, 3½ anos são exatamente 42 meses. Senão, somemos: 1 ano = 12 meses. 2 anos = 24 meses. ½ ano = 6 meses. Total : 12 meses + 24 meses + 6 meses = 42 meses.
Mas a cronologia profética e o desmembramento deste período, bem a miúdo, não param aí. A Bíblia transforma estes 42 meses em dias.
Apocalipse 11:3; 12:6
“E darei poder às minhas testemunhas, e profetizarão por 1260 dias, vestidas de saco... E a mulher (igreja) fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante 1260 dias.”
Estes textos são claros e definidos; durante este período a igreja seria perseguida (na pessoa de seus fiéis), porém guardada pelo Senhor, reservando-lhe, inclusive, um lugar de refúgio.
Retornemos à matemática divina: 3½2 tempos são o mesmo que 3½2 anos. E 3½ anos são 42 meses. Como na profecia o mês é de 30 dias, multiplicamos 30 dias por 42 meses, e chegamos ao total mencionado por João: 1260 dias, exatamente como diz a palavra profética.
Poderá alguém manifestar-se incrédulo e não aceitar esta verdade, achando que o mês conforme os temos, não são somente de 30 dias. Dá-se o caso de alguns terem 31 e 29 dias. Mas esta dificuldade não teve Deus quando determinou que para o esclarecimento desta profecia o mês teria 30 dias e o ano 360 dias.
Aliás, foi Deus quem estipulou tais números, apenas os coloquei em ordem para entendermos o período no qual se daria a grande apostasia, perseguição dos santos e lançamento das Verdades de Deus por terra. Daniel 8:12.
Deus dá sabedoria para decifrar Sua palavra; o homem deve esforçar-se por descobrir a Verdade, e quando achá-la, deve retê-la como tesouro sem igual. E esta é a Verdade: Deus estabeleceu que 42 meses são 1260 dias; por conseguinte, o mês profético é de 30 dias. Aliás, o mês dos homens é que é complicado.
Pois bem, afirma a Bíblia que “um tempo, dois tempos e metade de um tempo” são 1260 dias. Como se trata de um período profético, são então: 1260 dias proféticos. De acordo com as Escrituras (Eze. 4:4-6; Núm. 14:34: Lev. 25:8), tratando-se de profecia, um dia equivale a um ano. Temos, portanto, um período profético de 1260 anos literais, que se estenderia até o “tempo do fim”.
Daniel 12:9
“... vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até o tempo do fim...”
Isto é, o livro de Daniel estaria “fechado” até o final dos 1260 anos, quando então seria aberto, ou seja: suas profecias seriam estudadas e compreendidas.
Resta-nos, portanto, descobrir o início dos 1260 anos, e este infalivelmente se deu quando o “decreto do imperador Justiniano, emitido em 533 d.C. reconheceu o papa como o cabeça de todas as igrejas.” – Código de Justiniano, Livro 1, título 1, Baroniusos, Anls d.C. 533.
“A pesada derrota dos Ostrogodos no cerco de Roma, cinco anos mais tarde 538 d.C., foi um golpe mortal para a independência do poder ariano que governava a Itália, e constituiu, portanto, uma data notável no desenvolvimento da supremacia papal. Com o período de 533-538, pois, começaram os mil, duzentos e sessenta anos desta profecia, que se estenderiam até o período de 1793-1798. O ano de 1793 foi o ano do reinado do terror na Revolução Francesa, e o ano em que a religião católica, romana, foi abandonada na França, e em seu lugar foi instituído o culto da razão. Como resultado direto da revolta contra a autoridade papal, na revolução francesa, o exército francês, sob o comando de Berthier, entrou em Roma, e a 10 de fevereiro de 1798, o papa foi aprisionado, morrendo no exílio na cidade de Valença, no ano seguinte.” – Estudos Bíblicos, pág. 196.
Eis aí então, o testemunho infalível da História Geral, que confirma a profecia bíblica.
Voltemos à matemática divina: Ano 538 (supremacia papal) + 1260 anos (tempo em que este poder perseguiria a Igreja de Cristo; lançaria suas Verdades por terra, substituindo-as por tradições) = 1798, data da queda do papado.
Por conseguinte, tendo fim este poder no ano de 1798, terminou assim matematicamente o período de 1260 anos, quando então se daria, primeiro, a abertura do livro de Daniel, e, segundo, o cumprimento (início) dos grandes sinais proféticos, indicadores da volta gloriosa do Senhor Jesus.
Por conseguinte, 1798 é o término dos 1260 anos e o começo do Tempo do Fim. Início das “maravilhas”. Aguarde!
1260 DE PERSEGUIÇÃO
Verdades Lançadas por Terra (Dan. 8:12)
538 d.C. Alteração na Lei de Deus 1798 d.C.
TEMPOS
ANOS
MESES
DIAS
1
1
12
360
2
2
24
720
½
½
6
180
3½
3½
42
1.260
Dan. 12:7
Apoc. 12:14
Dan. 7:25
Dan. 11:13
Apoc. 13:5
Apoc. 11:3
Apoc. 12:6
Ezequiel 4:4-6; Números 14:34; Levítico 25:8
O LIVRO SELADO
Daniel 12:4, 9
“E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até o fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará...Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao tempo do fim.”
A ordem que o anjo deu a Daniel era que seu livro deveria estar selado (fechado) até ao “tempo do fim”, isto é, não seria compreendido, nem se lhe daria especial atenção até que se completassem os 1260 anos (1798 d.C.). Disse o anjo que, após esta data (1798 – início do tempo do fim), a ciência se multiplicaria, os grandes sinais proféticos surgiriam no Céu e na Terra, e o livro de Daniel seria “aberto”; sendo compreendido pelo povo, seus mistérios desvendados, suas profecias decifradas.
Esta linda história profética se confirma, primeiro, no campo da ciência tecnológica. Observe:
“Quando George Washington, primeiro presidente dos EUA, pôs sua assinatura na primeira Lei Federal de Patentes, a 10 de Abril de 1790, ninguém podia imaginar, em toda a sua magnitude, o que esse ato iria significar. Apenas se passaram 120 anos desde aquele fato até que se registrou o primeiro milhão de invenções! Isto é, as invenções que receberam patente, só naquele país americano, chegaram a um milhão no ano de 1910, quando 1000 sábios escolheram as sete maravilhas de seus dias: o telégrafo sem fios, o telefone, o aeroplano, o rádio, a anti-sepsia e as antitoxinas, a análise espectral e os raios X. No ano de 1934, naquele país, registrou-se o segundo milhão de invenções. Para o primeiro milhão havia sido necessário que transcorresse quase um século e um quarto. Para o segundo milhão só se passaram 24 anos.” – O Mundo do Futuro, pág. 24, D.H. Dupuy.
“E que diríamos das milhões de invenções científicas nos demais países? Se na verdade fosse possível volvermos 150 anos ou menos, atrás, não teríamos nenhuma das maravilhosas realizações da ciência moderna que agora temos e desfrutamos. Como jamais ocorreu no mundo passado, a hodierna civilização pode desfrutar confortavelmente de benefícios sem conta. Do trem ou estrada de ferro, do automóvel, da navegação marítima, da aviação, do rádio, do telefone, do telégrafo, do prelo ou da imprensa, da fotografia, da eletricidade, da arquitetura. E pensemos no interminável cortejo de invenções utilíssimas que nos legaram os sábios da ciência. Seria interessante meditarmos na moderna medicina, com seus aparatos e laboratórios, nas instalações sanitárias, e água e esgoto, nas câmaras refrigeradoras, no ferro elétrico, nas máquinas de lavar, nos grandes teares, na máquina de costura, nas inumeráveis indústrias manufatureiras, na máquina de escrever, no cérebro mecânico, na magia dos discos e fitas que tocam, falam e cantam, na música em geral, no fonógrafo, na televisão, nas obras de arte e engenharia, nos aperfeiçoamentos agrários, nos bondes elétricos, nas letras e artes, na astronomia, nos dentes postiços, na matéria plástica, na ótica moderna, no elevador, no relógio, no gás de iluminação e de cozinha, no rádium, na energia atômica.” – Testemunho Histórico das Profecias de Daniel, pág. 717-718, A.S. Mello.
Esta resenha infinda e incompleta, trago para você, irmão, como algo maravilhoso do cumprimento da palavra profética, pois é fato comprovado: Todos estes inventos se deram exatamente após o início do “tempo do fim”, isto é, depois de 1798. Se retrocedêssemos século e meio, encontraríamos o mundo como deixaram os patriarcas. Mas, no alvorecer do século dezenove, “o mundo despertou do sono milenar, e... raiou o tempo do fim, em que a ciência se deveria multiplicar”. Idem.
Paralelamente, os grandes sinais deveriam também ocorrer e de fato assim se deram. Eu aceito que tenha sido o grande terremoto de Lisboa, quando ela quase foi totalmente destruída em 1755, o primeiro da cadeia dos grandes sinais precursores do regresso do Senhor, que ocorreriam imediatamente após o término dos 1260 anos, em 1798.
Os irmãos que estão atentos a estas considerações certamente devem imaginar: Como coadunar a data de 1755, em que se deu o terremoto de Lisboa, com a data de 1798, que marcou o início do tempo do fim, se esta data é posterior àquela? Alguém inquirirá: Que fará o irmão Lourenço Gonzalez agora?
– Nada, respondo! Simplesmente buscarei na Bíblia a solução para o enigma porque não há nela nenhum problema que ela mesma não traga solução, ainda mais quando o seu ensino é claro: “...nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação” (II Pedro 1:20). Por isso, que a Escritura fale! Ouça:
Mateus 24:22
“E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salva- ria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.”
– Quais dias seriam abreviados?
– Lógico, seriam abreviados os dias da grande apostasia e da perseguição ocorrida durante o período dos 1260 anos (Desde a supremacia papal, em 538 d.C., até sua derrocada pelo general de Napoleão Bonaparte, em 1798, milhões de crentes morreram impiedosamente nas mãos deste poder, à medida que era introduzida a apostasia total, com adoração de imagens, culto aos mortos, substituição da Bíblia por catecismos e formas litúrgicas, santificação de mortos, etc...).
Assim, o tempo necessariamente foi abreviado em cerca de 45 anos, pois o último mártir cristão morreu por volta do ano de 1753. Confirme: (1.798 (queda do papado) – 1.753 (fim dos martírios) = 45 anos).
Portanto, não tenhamos dúvida que há veracidade em ter sido o terremoto de Lisboa o primeiro da cadeia dos grandes sinais proféticos do regresso de Jesus, acontecido exatamente dentro do período profético focado.
Vinte e cinco anos mais tarde, a 19 de Maio de 1780, o dia amanheceu normal como os demais, até que, às dez horas da manhã, uma escuridão fantástica abateu-se sobre os E.U.A., sem nenhuma razão natural, nem possibilidade de ter sido um eclipse, pois neste dia a posição da Lua em relação à Terra era justamente oposta à do Sol. Herschel, o grande astrônomo inglês, diz: “O dia escuro da América do Norte foi um dos mais extraordinários fenômenos da natureza, que será sempre lido com interesse, mas a ciência é incapaz de explicá-lo”. Naquela noite, as trevas dissiparam-se e a Lua apareceu vermelha como uma bola de sangue. Joel 2; Luc. 21.
Cinqüenta e três anos mais tarde, na madrugada de 12 para 13 de Novembro de 1833, ocorreu a notável queda de estrelas cadentes, “a maior demonstração de fogos celestes que já houve desde a criação do mundo, ou pelo menos nos anais compreendidos nas páginas da história... A extensão da chuva (de estrelas cadentes) foi tal que cobriu parte considerável da superfície da Terra”, alcançando o Atlântico, o Pacífico, a costa norte da América do Sul, até as longínquas regiões das possessões britânicas ao Norte dos E.U.A. Apocalipse 6:13.
As grandes comoções bélicas, conflitos constantes, bombas atômicas, guerra fria, fome, peste, violência, usinas nucleares, enfim, este rosário de miséria que tira a paz dos homens, e os leva a atemorizarem-se e desmaiarem de terror (Luc. 21:26), são o cumprimento fiel profetizado por Daniel, e que ocorreria imediatamente após o período dos 1260 anos.
Particularmente, aceito como sendo o último grande sinal da volta de Jesus, que se daria nos Céus, segundo a leitura de Lucas 21: 26 – “As potências do Céu seriam abaladas...”; foi quando, no aprimoramento das grandes máquinas e foguetes propulsores de grande alcance, colocou-se na Lua os homens desta Terra (1969). As potências do Céu astral foram assim abaladas, já que as do Céu atmosférico o foram pelos aviões que cruzam o nosso espaço aéreo doméstico.
O enfoque importante desta profecia está em que a ciência (conhecimento pessoal) também cresceria com relação ao estudo do livro de Daniel, quando este fosse aberto no tempo do fim. Houve comprovadamente um grande despertamento religioso a partir de 1798. Isto era necessário, pois a fé na Bíblia já ia às catrâmbias, e os cristãos acostumaram-se a uma rotina religiosa, fria e sem motivação.
Seguiu-se também um espantoso incremento missionário. O “Evangelho do Reino” (Mat. 24:14) devia ser pregado, e Deus despertou nos crentes o interesse pelos pagãos, começando então a surgir os primeiros missionários que se aventuravam a pregar nas inóspitas terras de além-mar, com risco da própria vida.
Surgiram as grandes Sociedades Bíblicas: Britânica, 1804; Russa, 1812; Alemã, 1813; Americana, 1816; a de Paris, 1822; a de Nova Iorque, 1825; a de Basiléia, Suíça, 1834; a de Berlim, 1845, etc. Através delas, vieram a lume centenas de milhares de exemplares do livro de Deus, folhetos e porções bíblicas, a fim de advertir o mundo para a salvação.
Os livros de Daniel e Apocalipse, como afirmei, têm uma maravilhosa interligação. Uma piedosa escritora cristã fala deles o seguinte:
“Os livros de Daniel e Apocalipse são unos. UM é a profecia, OUTRO a revelação; um livro selado, o outro revelado.” – Ellen G. White, 7 – Seventh-Day Adventist Bible Commentary , pág. 971. Grifos meus.
E ela tem razão. Veja:
Apocalipse 10:1, 2, 5, 6
“E vi outro anjo forte, que descia do Céu, vestido de uma nuvem; e por cima da sua cabeça o arco celeste, e o seu rosto era como o Sol, os seus pés como colunas de fogo. E tinha na sua mão um livrinho aberto, e pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra...; e o anjo que vi estar sobre o mar e sobre a terra levantou a sua mão ao Céu, e jurou por Aquele que vive para sempre, o qual criou o Céu e o que nele há, e a Terra e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não haveria mais demora.”
Sim, irmão, o capítulo 10 de Apocalipse é uma continuação do capítulo doze de Daniel, em uma unidade perfeita, santa e gloriosa. Atente para os detalhes seguintes:
Primeiro: Um anjo apareceu a Daniel (cap. 12), levantou suas duas mãos para o Céu, e jurou que as maravilhas que antecederiam a volta de Jesus começariam a acontecer nesta Terra, após o período de “um tempo, dois tempos e metade de um tempo”, findo em 1798.
Segundo: Agora um anjo apareceu à João na Ilha de Patmos, também sobre as águas, porém levantando apenas uma das mãos para o Céu (porque a outra segurava um livrinho aberto) e também sob juramento diz a João que não mais haveria demora. Aqui há sabedoria e um sincronismo profético esplendoroso. Senão, vejamos:
Lá no rio Tigre (Dan. 12:5 e 6) o anjo informa que as “maravilhas” (sinais), começariam após os 1260 anos; e no mar de Patmos, o anjo diz que não há mais demora para o regresso do Senhor Jesus, porque as maravilhas (sinais) que antecederiam a maior maravilha (volta de Jesus) já se cumpriram todas, apenas faltando que o Evangelho do Reino alcance a última alma.
Prezado irmão, no capítulo seguinte estudaremos o restante do capítulo dez de Apocalipse, mostrando que livrinho era aquele que estava na mão do anjo, e finalizando esta série, revelando a você, o povo que, com hora absolutamente cronometrada, Deus levantou nesta Terra para restaurar-lhe o Dom de Profecia. Aguce a audição, abra os olhos.
O LIVRO ABERTO
Apocalipse 10:2
“E tinha na sua mão um livrinho aberto, e pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a Terra.”
Este livro, irmão, inconfundivelmente é o livro de Daniel, que estava selado, por ordem de Jesus, desde o sexto século a.C., e o estar aberto é a forma alegórica de dizer que seus “selos” foram retirados e agora suas profecias poderiam ser entendidas, desde que estudadas com afinco e sob a orientação do Espírito Santo.
E foi o que se deu. Os estudiosos da Bíblia (a partir do século passado) descobriram, através dos símbolos de Daniel, uma motivação especial para o estudo e descerramento das cadeias proféticas ali contidas, concluindo que a volta de Jesus era iminente.
Apocalipse 10:8 e 9
“E a voz que eu do Céu tinha ouvido tornou a falar comigo, e disse: Vai, e toma o livrinho aberto na mão do anjo que está em pé sobre a terra. E fui ao anjo, dizendo-lhe: Dá-me o livrinho. E ele disse-me: Toma-o, e come-o, e ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como o mel.”
Estas palavras são metafóricas, pois comer o livrinho é o mesmo que dizer: Levantar-se-iam no tempo do fim, homens que se lançariam com tanta “fome” e vontade de estudar e desvendar os símbolos do livro de Daniel, que é como se o estivessem comendo.
“Comer” um livro é o mesmo que estudá-lo a fundo, examiná-lo minuciosamente, destrinchando detalhe por detalhe. E o anjo assegura a João que, ao comer o livro, sua mensagem traria um tão grande deleite e gozo no descobrimento da iminente volta do Senhor, fato que os sinais ocorridos prenunciavam com segurança, que era comparado ao doce mel em sua boca.
Apocalipse 10:10
“E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como o mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo.”
Irmãos, maravilhosa é esta profecia. Como afirmei, até próximo ao ano de 1798, os cristãos viviam uma religião fria, e a fé na Bíblia ia decrescendo paulatinamente, tanto que, pouco além desta data (1859), Darwin lançou ao mundo sua teoria da evolução (origem das espécies), que é um acinte à inspiração da Bíblia.
Como a profecia indicava a abertura do livro de Daniel no tempo do fim (Dan. 12:9), a esta época portanto, levantaram-se cerca de 84 homens ao redor do mundo, sem se conhecerem, buscando o significado dos 2300 dias de Daniel 8:14, pregando com denodo a volta de Jesus. Entre eles: Guilherme Miller, em Nova Iorque; Davis, em Carolina do Sul; A.J. Krupp, na Filadélfia; David Macgregor, no Maine; dois pregadores na Inglaterra, também dois na Alemanha, Escócia, Haia, Amsterdã, Bavária; também dois, perto do Báltico e do mar Cáspio, e finalmente Lacunza na Espanha. Na Suíça, no impedimento dos adultos, crianças anunciavam a mesma ocorrência – a volta de Jesus.
Os que se lançaram ao estudo do livro de Daniel imaginavam que se pudessem decifrar esta profecia (Dan. 8:14), a maior da Bíblia, fatalmente descobririam o tempo em que se daria o regresso do Salvador. E, entre estes profundos e sinceros pesquisadores do santo Livro achava-se Guilherme Miller, um fiel membro da Igreja Batista, e que foi o pai do movimento do advento nos EUA. Ellen G. White, nesta ocasião uma seguidora de Miller, escreveu o seguinte:
“Segundo sua regra de fazer as Escrituras o seu próprio intérprete, Miller descobriu que um dia na profecia simbólica representa um ano (Núm. 14:34; Eze. 4:6); viu que o período de 2300 dias proféticos, ou anos literais, se estenderia muito além da dispensação judaica, donde o não poder ele se referir ao santuário daquela dispensação. Miller aceitou a opinião geralmente acolhida, de que na era cristã a Terra é o santuário e, portanto, compreendeu que a purificação do santuário predita em Daniel 8:14, representava a purificação da Terra pelo fogo, à segunda vinda de Cristo. Se, pois, se pudesse encontrar o exato ponto de partida para os 2300 dias, concluiu que se poderia facilmente determinar a ocasião do segundo advento.” – O Grande Conflito, págs. 324, 325.
Como grande estudioso da Bíblia Sagrada, Miller não teve dificuldades em descobrir que o início dos 2300 dias deu-se com o decreto de Artaxerxes no ano 457 a.C. para restaurar Jerusalém, que se encontrava em ruínas (Leia Dan. 9:25; Esd. 7:11-26).
A bem da verdade, e para que não haja dúvidas infundadas, passemos a limpo o fato de que houveram três decretos, como bem gostam de dizer os oponentes e antagonistas da verdade desta profecia. Esdras 6:14.
Três decretos foram publicados pelos monarcas persas para a restauração da pátria dos judeus. O de Ciro, o de Dario e o de Artaxerxes. O decreto de Ciro dizia respeito tão-somente ao templo. O decreto de Dario Histaspes foi promulgado para a continuação da obra de reconstrução do templo, que havia sido obstada por Esmerdis. Finalmente, o decreto de Artaxerxes restaurou completamente em todos os ângulos o governo judeu, providenciando, inclusive, a vigência de suas leis. É por conseguinte este decreto que serviu para a restauração total de Jerusalém, conforme exige a profecia, e tal ocorreu no Outono de 457 a.C., inquestionavelmente. Esdras 7:12-26. (Confira na página 539).
Pois bem! Fez então Miller suas contas e chegou matematicamente à data de 1844, que é inapelavelmente a última data profética da Bíblia, bem como o fim dos 2300 anos proféticos. Conseqüentemente, Miller e seus companheiros pensavam que 1844 era o ano da volta de Jesus.
“Com um novo e mais profundo fervor, Miller continuou o exame das profecias, dedicando dias e noites inteiras ao estudo do que agora lhe parecia de tão estupenda importância e absorvente interesse.” – Idem, pág. 325.
“Devotando-se ao estudo das Escrituras, como fizera, a fim de provar serem elas uma revelação de Deus, Miller não tinha a princípio a menor perspectiva de atingir a conclusão a que chegara. A custo podia ele mesmo dar crédito aos resultados de sua investigação. Mas a prova das Escrituras era por demais clara e forte para que fosse posta de parte.” – Idem, pág. 329.
“Dois anos dedicara ele ao estudo da Bíblia, quando em 1818 chegou à solene conclusão que dentro de vinte e cinco anos, aproximadamente, Cristo apareceria para redenção de Seu povo. ‘Não necessito falar’, diz Miller, do júbilo que me encheu o coração em vista da deleitável perspectiva, nem do anelo ardente de minha alma para participar das alegrias dos remidos.” – Idem, pág. 329.
“Solenemente convencido de que as Santas Escrituras anunciavam o cumprimento de tão importante acontecimento em tão curto espaço de tempo, surgiu com força em minha alma (de Miller) a questão de saber qual meu dever para com o mundo, em face da evidência que comovera a meu próprio espírito... não pôde (Miller) deixar de sentir que era seu dever comunicar a outros a luz que tinha recebido. Esperava encontrar oposição por parte dos ímpios, mas confiava em que todos os cristãos se regozijariam na esperança de ver o Redentor, a quem professavam amar. Seu único temor era que, em sua grande alegria ante a perspectiva do glorioso livramento, a consumar-se tão breve, muitos recebessem a doutrina sem examinar suficientemente as Escrituras em demonstração de sua verdade. Portanto, hesitou em apresentá-la, receando que estivesse em erro, e fosse, assim, o meio de transviar a outros.” – Idem, págs. 329, 330.
Este santo receio de Miller o levou “a rever as provas em apoio das conclusões a que chegara, e a considerar cuidadosamente toda dificuldade que se lhe apresentava no espírito.” – Idem, pág. 330.
Miller, escudando-se de todo cuidado, para não acontecer laborar em erro, passou a ser seu próprio “detetive”; ele mesmo levantou variadas objeções à mensagem da volta de Jesus em 1844. Reestudou toda a profecia. Objetou-a de todas as formas, porém, “viu que as objeções se desvaneciam ante a luz da Palavra de Deus, como a névoa diante dos raios do Sol. Cinco anos despendidos desta maneira deixaram-no completamente convicto da correção de suas opiniões. E agora o dever de tornar conhecido a outros o que cria ser ensinado tão claramente nas Escrituras impunha-se-lhe com nova força: ‘Vai falar ao mundo sobre o perigo que o ameaça.’ ” – Ibidem.
“Começou ele a apresentar suas opiniões em particular, quando se lhe oferecia oportunidade, orando para que algum ministro pudesse sentir a força das mesmas e dedicar-se à sua promulgação. Mas não pôde banir a convicção de que tinha um dever pessoal a cumprir, em fazer a advertência.” – Ibidem, pp. 330, 331.
“Vai dizê-lo ao mundo, era a voz que soava em seus ouvidos... Durante nove anos esperou, pesando-lhe sempre esse fardo sobre a alma, até que em 1831, pela primeira vez, expôs publicamente as razões de sua fé.” – Ibidem
Miller lançou-se ao trabalho de pregar a volta de Jesus, como acreditava, em 1844, e esta mensagem gloriosa tornou-se tão doce como doce é o mel, na boca dos que a aceitavam.
“Convertiam-se pecadores, cristãos eram despertados a maior consagração, e deístas e incrédulos reconheciam a verdade da Bíblia e da religião cristã. Sua pregação era de molde a despertar o espírito público aos grandes temas da religião, e sustar o crescente mundanismo e sensualidade da época. Em quase todas as cidades havia dezenas de conversos e, em algumas, centenas, como resultado de sua pregação. Em muitos lugares as igrejas protestantes de quase todas as denominações abriram-se amplamente... e... logo se viu (Miller), impossibilitado de atender à metade dos pedidos que choviam sobre ele. Muitos que não aceitaram suas opiniões quanto ao tempo exato do segundo advento ficaram convencidos da certeza da proximidade da vinda de Cristo, e de suas necessidades de preparo. Em algumas das cidades seu trabalho produziu impressão extraordinária. Vendedores de bebidas abandonavam este comércio e transformavam suas lojas em salas de culto; antro de jogos eram fechados; corrigiam-se incrédulos, deístas, universalistas, e mesmo os libertinos mais perdidos, alguns dos quais não haviam durante anos entrado em uma casa de culto. Várias denominações efetuavam reuniões de oração, em diferentes bairros, quase todas as horas do dia, reunindo homens de negócio ao meio-dia para oração e louvor. Não havia nenhuma excitação extravagante, mas sim uma sensação de solenidade quase geral no espírito do povo.” – Ibidem, pp. 331, 332.
Sim, era uma mensagem doce, que alcançou a todos. Uma mensagem doce, “doce como o mel”, na boca dos mileritas, como eram chamados.
“Em 1833 (Miller) recebeu da Igreja Batista de que era membro, uma licença para pregar. Grande número de ministros de sua denominação aprovou-lhe também a obra, e foi com essa sanção formal que continuou com seus trabalhos.” – Ibidem, pág. 333.
Neste ano de “1833, dois anos depois que Miller começou a apresentar em público as provas da próxima vinda de Cristo, apareceu o último dos sinais que foram prometidos pelo Salvador como indício de Seu segundo advento. Disse Jesus: ‘As estrelas cairão do Céu’ (Mat. 24:29). E João, no Apocalipse, declarou, ao contemplar em visão as cenas que deveriam anunciar o dia de Deus: ‘E as estrelas cairão sobre a Terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abaladas por um vento forte’ (Apoc. 6:13). Esta profecia teve cumprimento surpreendente e impressionante na grande chuva meteórica de 13 de Novembro de 1833.” – Ibidem, pág. 333 – grifos meus.
“Assim se mostrou o último dos sinais (da vinda de Cristo), relativamente aos quais Jesus declarou a Seus discípulos: ‘... Quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo às portas’, Mateus 24:33.” – Ibidem, pág. 334.
E assim, o batista Miller, um sincero irmão, ao presenciar com seus próprios olhos a grande queda de “estrelas” em 1833, quedou-se contemplativo e reverente diante daquele mirífico acontecimento que, ocorrendo dentro dos cálculos previstos, segundo as profecias de Daniel e Apocalipse, a que ele havia dado toda atenção, consolidou a sua firme crença de que a volta de Jesus se daria exatamente em 1844, data absolutamente certa, como final do maior período profético da Bíblia, os 2300 anos de Daniel 8:14. (Veja gráfico à pág. 539).
Miller acertou em cheio no destrinchamento do período desde o seu início, meio e fim; errou, porém, lamentavelmente, no cumprimento do que aceitava e cria sinceramente ser a purificação do santuário, isto é: Jesus voltando à Terra.
Assim irmão, deu-se a grande decepção, pois o Senhor não veio, como se esperava. Tristeza, grande frustração. Escárnio geral, zombaria, galhofas e chacotas vieram daqueles que se diziam cristãos. Do que foram alvo os crentes mileritas do advento no dia 22 de Outubro de 1844, não se comparava à dor do grande desapontamento que experimentaram. Alguns dias atrás, a mensagem era “doce como o mel” na boca do povo. E “comido o livrinho”, isto é: aceita a mensagem da volta de Jesus, tornou-se em seu ventre amargo como o fel.
Que bela ilustração! Que melhor alegoria usaria Deus para caracterizar o tão triste desapontamento dos mileritas, como o fel amargo no ventre do apóstolo João? – Sim, mas graças a Deus, aleluia, glórias ao Grande Jeová, porque o capítulo 10 de Apocalipse não termina na triste decepção amarga como fel, no verso 10. Ouça:
Apocalipse 10:11
“E ele disse: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis.”
Sim amados, cristãos de toda a Terra, Apocalipse 10:11 revela, com clareza solar, que das reminiscências daquele desapontamento, Deus suscitaria um povo ao qual daria o Dom de Profecia, para profetizar aos povos, nações, línguas e reis.
E assim foi! Aleluia!
Vire a página, conclua este episódio de amor.
RESTAURADO O DOM PROFÉTICO
Foi no cumprimento da maior profecia da Bíblia, os 2300 anos de Daniel 8:14, que surgiu o povo a quem Deus restauraria o mais importante dom para a igreja, o Dom de Profecia. O antigo dom dos profetas que dirigiram o povo de Deus. O dom que Paulo declara ser o de maior importância na igreja (I Cor. 14:5). O dom que permitiria identificar os engodos de Satanás, na própria contrafação deste mesmo dom. E este dom seria outorgado à igreja para uma função determinada pelo Senhor, qual seja: Profetizar a todo povo, rei, nação e língua, isto é, este povo, portador desta mensagem e deste dom, abrangeria o mundo inteiro. Ouça isto:
“...O anjo de Apocalipse 10 é apresentado como tendo um pé no mar e outro em terra, mostrando que a mensagem será levada a terras distantes, que o oceano será atravessado e as ilhas do mar ouvirão a proclamação da última mensagem de advertência ao nosso mundo... Esta mensagem anuncia o fim dos períodos proféticos. A decepção dos que esperavam ver o Senhor em 1844 foi na verdade amarga para os que haviam tão ardentemente antecipado Seu aparecimento. Achava-se no desígnio do Senhor que viesse esse desapontamento e se revelassem os corações.” – Mensagens Escolhidas, Vol. II, págs. 107 e 108 – E.G. White.
Deus é muito bom! Quando em 1844, o povo do advento (os mileritas) se decepcionou, muitos voltaram para suas igrejas de origem; aproximadamente 13 Igrejas Protestantes, cerca de 80.000 pessoas. Outros foram para o mundo desesperançados; mas um grupinho permaneceu ali firme, embora decepcionado também. Permaneceu inabalável nas palavras de Deus: “Se tardar, espera-O”. Hab. 2:3.
Meio atordoados, tentando a todo custo colocar em ordem os pensamentos, esses irmãos uniram-se em fervorosa oração, firmes na esperança de que o Senhor breve viria. E a este grupinho Deus dedicou, em gloriosa deferência, estas palavras:
Apocalipse 10:11 – “... importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis.”
Observe irmão, como é clara a mensagem, e como são límpidos os acontecimentos e aplicações de tudo isso: Inúmeros cristãos de diversas igrejas evangélicas da América do Norte unem-se em torno de um grande homem da Igreja Batista, Guilherme Miller. Entendem que a volta de Jesus se daria em 1844, pelo estudo de Daniel 8:14, sacodem o povo com uma mensagem – DOCE COMO O MEL – a mensagem da volta de Jesus. Neste ano, porém, não aparece o Salvador; a mensagem tornou-se amarga como o fel. Deus, porém, transforma este fel em uma deliciosa esperança, uma sublime e específica comissão, capacitando-os com o dom maior: o Dom de Profecia. “Importa que profetizes outra vez...” É o imperativo divino, e quem duvidará? Quem contenderá com Deus? Quem O contestará?
“Importa que profetizes outra vez...” – Olha irmão, como é claro. Outra vez. Por que outra vez? Sim, é porque houve uma primeira vez, e essa foi a pregação de Miller e seus companheiros do advento de 1831 a 1844. Desejo ressaltar, e espero que você entenda, irmão amado, mesmo que todos os demônios se levantem para empanar sua mente, ou tirar de seu coração a gloriosa verdade que, se aqueles cristãos do advento (mileritas) profetizaram a volta de Jesus, o fizeram com a maior sinceridade e amor, zelosos pelos pecadores perdidos, porém o fizeram sem a operação direta do Dom de Profecia, que até então lhes era estranho, mas sem o perceberem, amadurecia o tempo para que tal dom fosse restituído à igreja do Senhor, no exato cumprimento da profecia de Apocalipse 10.
“Importa que profetizes outra vez...”, e isto aconteceria fielmente, com a aprovação e orientação diretas de Deus pela gloriosa e amada igreja do Senhor, que sucedeu aos mileritas de 1844.
Efetivamente, se Deus disse: “Importa que profetizes outra vez...”, é porque Ele capacitaria esta amada igreja, com o Dom de Profecia. E verdade é que Deus nunca pede nada ao homem sem antes havê-lo capacitado. Portanto, glória a Deus! Aleluia, honras e louvores eternos ao grande El-Shaddai, que restaurou o Dom de Profecia à Sua amada igreja, para profetizar aos povos e reis e a todo o mundo.
Glória a Deus, que levantou e preparou nesta Terra este movimento, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, para dar a última mensagem a um mundo que perece, bem como alertar a todos os cristãos que se despertem para toda a Verdade que uma vez foi lançada em terra (Dan. 8:12) por Roma cristã, na Idade Média, durante o período de “um tempo, dois tempos e metade de um tempo”, de Daniel 7:25.
Esse povo agraciado pelo Senhor com o Dom de Profecia teria a incumbência de remover do cristianismo os enganos e erros infiltrados ao longo do tempo, advertindo o mundo com as três mensagens angélicas de Apocalipse 14.
Saiba, irmão, não foi o homem, mas Deus quem levantou esse povo, ordenando: “Importa que profetizes outra vez...” O Senhor mesmo o fez para que ninguém possa duvidar ou questionar. Quem recusar negará a própria Palavra de Deus, que é a única regra de fé do cristão.
Esse povo que se constituiria no último período da Igreja de Deus na Terra “não só pregaria a mensagem da breve volta de Jesus, mas possuiria e ensinaria a verdade quanto à Deus, ao Salvador, ao santuário... à lei, ao Sábado e quanto a todas as demais verdades que foram pervertidas. É nesta igreja remanescente, que o Dom de Profecia seria restaurado”. – C.B. Haynes, O Dom de Profecia, pág. 84. Como o foi de fato, e quem no-lo diz é um anjo. O anjo de Apocalipse 10. Esta igreja amada “creria e ensinaria a verdade acerca da verdadeira comunhão – a Ceia do Senhor” (Idem, 86). Juntamente com a cerimônia da humildade o lava-pés (João 13:14 e 15; I Timóteo 5:10). Os símbolos desta comunhão tem que ser pão ázimo, sem fermento, e o puro suco de uva.
“Acreditaria e ensinaria a verdade a respeito da verdadeira Lei de Deus, a qual, tendo existido desde o princípio, foi dada sob trovões no Monte Sinai e é uma norma perpétua de justiça quanto ao verdadeiro Sábado, feito pelo Criador e dado no Éden à raça humana como um monumento perpétuo do poder criador de Deus.” – Ibidem.
“Haveria de rejeitar o falso sábado da mesma maneira que todas as demais falsificações do falso sistema religioso; observaria unicamente o verdadeiro Sábado de Jeová, o sétimo dia. Apresentá-lo-ia como o sinal entre Deus e Seu povo.” – Ibidem. Ezequiel 20: 12, 20.
“Ensinaria também a verdade acerca da natureza do homem, e o estado dos mortos, a recompensa dos justos e a sorte dos ímpios, os quais foram todos pervertidos... em vez de pregar um purgatório ou um estado de vida consciente na morte, ensinaria a verdade da Bíblia que os mortos estão inconscientes (Sal. 146:3 e 4), ‘não sabem coisa nenhuma’ (Ecl. 9:5 e 6); que eles (os homens) são mortais (I Timóteo 6:13-16; I Cor. 15:51-54); e que o tempo da recompensa e da punição ocorrerá, não pela morte ou na morte, mas pela ressurreição.” – Ibidem. Sal. 17:15; I Timóteo 4:8. Grifo meu.
“Desta maneira este povo, por meio do qual Deus daria ao mundo a última mensagem de verdade, deveria crer e ensinar todas as verdades pervertidas pelo cristianismo apostatado. Seria dirigido em sua obra pelo Dom de Profecia. A mensagem que apresentaria ao mundo seria, obviamente, em todos os pormenores, contrária (a de Roma Cristã), de modo que, quando pregada, constituiria uma grande advertência contra a ‘besta e sua imagem’ e contra o recebimento de seu sinal.” – Ibidem.
“Por dever ser a última igreja contrária ao sistema religioso que Satanás estabeleceu para tomar o lugar do evangelho, não nos maravilha que o “dragão” desejasse dar batalha especial ao povo remanescente, que guardaria os mandamentos de Deus e haveria de dar Sua mensagem ao mundo.” – Ibidem.
Apocalipse 12:17 – “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus...”
Apocalipse 19:10
“...Porque o testemunho de Jesus é o Espírito de Profecia.”
Como são claros estes ensinamentos! Tudo límpido! Definição bíblica sem nenhuma dúvida. O Senhor diz: o testemunho de Jesus é o Espírito de Profecia.
Ora, Espírito de Profecia, não é outra coisa senão o Dom de Profecia, que Deus restauraria à igreja que guardaria os Seus mandamentos. Sim, tudo que diz a Bíblia, cumpre-se na Igreja Adventista que está, conforme a comissão divina, levando o “evangelho a todo povo, nação e língua”, este Evangelho Eterno, que anuncia a volta de Jesus pela segunda vez, para pôr fim à grande controvérsia com Satanás.
Por isso, meu irmão, devo dizer-lhe, sem temor ou medo de errar: É este o povo que, em cumprimento à profecia, agradou-Se o Senhor em conceder o Dom de Profecia, constituindo-a como a igreja remanescente, a amada igreja, a única igreja que preenche as exigências de Apocalipse 10. Nenhuma outra o cumpre. Examine a Palavra de Deus, compare, por favor, as 4800 religiões cristãs e suas doutrinas, com Apocalipse 10, e veja se alguma satisfaz as minúcias e pormenores desta profecia.
Tenho certeza, você reconhecerá que a ordem divina – “importa que profetizes outra vez...” foi dirigida à Igreja Adventista do Sétimo Dia, que surgiu de entre aquele sofrido grupinho desapontado de 1844. Grave isto:
“Assim, o Movimento Adventista não surgiu no cenário dos acontecimentos histórico-sociais como mera divisão do protestantismo ou, como fruto amadurecido de uma fantástica imaginação doentia... antes, porém, é uma verdade positiva, documentada pela profecia bíblica e pelo desenrolar dos acontecimentos universais, aparecendo no palco da história, no momento exato em que no relógio divino do tempo, soou a hora de dar a derradeira mensagem de advertência, de amor e de esperança, que Deus em Sua infinita misericórdia reservou à humanidade na época atual.” – Dr. Gideon de Oliveira, citado em Subtilezas do Erro, pág. 36 – itálicos meus.
Esses são, amado, fatos bíblicos que tenho o dever de mostrar à sua sinceridade, porque, um cuidadoso e acurado estudo, livre de preconceitos, do Movimento Adventista do Sétimo Dia e sua mensagem, juntamente com o tempo de seu surgimento, revela sucintamente o seguinte:
Seguiu às Igrejas da Reforma, e prosseguiu em luz sempre crescente. Pregou a primeira e segunda mensagens angélicas de Apocalipse 14:6-8, exatamente quando estas deveriam ocorrer, isto é, após o começo do “tempo do fim”, depois de 1.798, advertindo o povo da hora do juízo, e continua sendo estas hoje, associadas a terceira mensagem angélica (Apoc. 14:9-11) prioritárias, preparando o povo para a segunda vinda de Cristo, enquanto nosso Sumo-Sacerdote e Advogado continua no Santuário Celestial. Ensina a observância dos Dez Mandamentos da Lei Moral de Deus, e realça o Sábado como devendo ser observado. Foi-lhe restaurado o Dom de Profecia (Apoc. 12:17; 19:10). É contrária em tudo e todos os pormenores às doutrinas falsas de Roma Cristã. Está pregando a mensagem de advertência contra a besta e sua imagem. E prega a justificação pela fé e salvação unicamente pela Graça, em mais de 213 países do globo.
Sim, irmão, este Movimento é verdadeiramente a obra finalizadora do Evangelho Eterno entre os homens do Planeta Terra. E isso, sob a orientação direta de Deus que restaurou a este Movimento Adventista do Sétimo Dia o Dom de Profecia. Graças a Deus! Assim dirigida, certamente esta igreja triunfará, mesmo que contra ela Satanás e suas hostes desfiram seus impiedosos ataques; haverá de estar ela, triunfante afinal, na presença do Cordeiro, cantando o hino de livramento, “nas alvacentas areias do mar de vidro da eternidade”. Amém! Aleluia! Glória a Deus.
Prezado leitor:
Esta mensagem que você lê só falta ser pregada em 23 países deste Planeta. Ore para que eles sejam alcançados o mais rápido possível, pois disto depende a volta de Jesus (Mat. 24:14). E juntos façamos planos para recebê-Lo!
Neste tempo de um cristianismo estranho, quando o Excelso Nome do Senhor Jesus está associado a rock, tango, funk, blocos carnavalescos e... mais que vulgarizado; mero acessório de consumo, em uma insólita agência de publicidade. Um cristianismo que misturou o santo com o profano, o puro com o impuro, e que deu as mãos ao mundanismo generalizado, Deus define o Seu remanescente. Descubramo-lo na Bíblia:
DRAGÃO – Satanás.
MULHER – Igreja de Deus.
RESTO DA SUA SEMENTE – Os fiéis de Jesus que ficaram de resto, firmes e inabaláveis na observância dos mandamentos da Lei de Deus (Êxo. 20:1-17; Apoc. 14:12). Queira Deus, o irmão seja mais um destes fiéis.
“OS QUE GUARDAM OS MANDAMENTOS DE DEUS E TÊM O TESTEMUNHO DE JESUS”
Esta é a identificação correta e clara da igreja à qual Satanás tem ostensivo ódio. Seu objetivo, sua ira não são contra as 800 religiões pagãs, nem as 4.800 cristãs, mas apenas contra aquela que guarda os Dez Mandamentos e têm o testemunho de Jesus.
Apocalipse 12:17
“E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto de sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.”
Apocalipse 19:10
“...o testemunho de Jesus é o Espírito de Profecia.”
O DOM DE PROFECIA (Espírito de profecia) É SUPERIOR A TODOS
• Porque edifica a igreja – I Cor. 14:4
• Esclarece os homens – I Cor. 14:3
SLIDES
Baixe esse capítulo em apresentação do Power Point.
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